quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Não tem sentido algum

O meu mundo é um misto de dever e querer que acredito ser comum aos tantos outros mundos deste mundo.
Na maioria das vezes eu faço o que eu quero por que consigo querer o que eu devo... seria isso liberdade? Meu narcisismo me levou a me questionar mil vezes o que é isso em mim. O que eu sou? Me entender parece simples pra mim. E é simples. Mas é um entendimento que escapa a qualquer lógica. Tantos porquês sem resposta...

Eu sou um homem de paixões. E por paixões eu falo de todas e não aquelas que envolvem duas pessoas que se gostam. Eu sou capaz de despertá-las. Eu sou capaz de senti-las. Umas são tão fugazes, outras tão duradouras, outras tão eternas...

Existem duas coisas capazes de mover um homem como eu de forma incessante: Um amor e uma idéia.
Eu sou apaixonado por um amor.
Eu sou apaixonado por uma idéia.

Eu sou um homem de amores e idéias...

Apenas ao meu amor devo a explicação que tanto desconheço dessa paixão. Não tratarei aqui dela.
Ao mundo e a mim mesmo eu devo a explicação que tanto desconheço sobre a minha idéia.

Liberdade. É um conceito tão abstrato... é tão impreciso... Sou apaixonado pela liberdade, mas não sei precisar o que ela é. Como chegar a ela? Não existe caminho para ela, e aqui roubo aqui uma meia frase de Gandhi, ela é o caminho.
Eu já busquei a liberdade das mais diversas formas. De maneira libertina, de maneira filosófica, de maneira política, e até mesmo pondo um fim a ela. Em vão...
A liberdade não é algo que eu devo buscar. Não é algo que deva ser dado a mim. É algo meu. É algo que nasce comigo e eu só preciso exercê-la. Mas como? Podem se perguntar: Qual a melhor maneira? Como ter certeza? Essas perguntas são inúteis... A liberdade é uma coisa natural. Quanto mais forçar a sua mente pra se convencer de que vive em uma. Quanto mais vigiar a sua própria existência, menos liberdade vai ter. E quem a vai estar cerceando é você mesmo. Você não pode fazer isso... Você não pode?

Sabe... no fim de tudo isso o interessante é que você pode. Você é livre! Até mesmo para não ser... O único que pode te dizer se esse é o caminho é você.

A liberdade não é um direito. É uma condição de existência. Uma vez cheguei a pensar que fosse forçado a ser livre... irônico, não é? Mas não. É um estado que não te obriga a nada. Nem mesmo a ser.

E aqui chego ao ponto de contradizer o que disse anteriormente. Você pode buscar a liberdade. Você pode abandonar a liberdade. Você pode suprimir a liberdade. Depende de apenas de você. No fim, você simplesmente pode.

Matheus Santos Rodrigues Silva

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