Sem falar
Sem lutar
Só sofrer
Só chorar
Dor augusta, corta e me lustra qual carrara polida,
mas diferentemente da última, pulsa em mim a dor da vida...
Acabar
De negar
Sem olhar
Sem parar
Inquietação que aquieta os membros, sentido rouco de que nada existe,
vórtice morto de que um ano é ano, veneno longo que embebeda o triste.
Medo e pânico! Filhos de Ares, deus da guerra!
O ar seu miasma encerra, o ar seu miasma tranca...
E dentro de mim, se prendia a canção,
hino que não ri, marca vil da mão,
agora pude destrancar, tirar de mim a dor,
e ela está livre no ar! Ou seja aonde for!
Ela sempre irá voltar, tal qual calor e luz,
que o sol irrompe sempre, até que de repente... já não irrompe mais...
Felicidade estranha, por tirar de minha entranha, a beleza na tristeza...
A musa na Ilusão...
O lindo na fraqueza...
O caminho na perdição...
É mais um dos trunfos que uso,
ametistas de poder!
tomei-os, tal qual intruso,
pra nunca mais devolver!
Agora me acompanham,
lições de uma vida!
Todas elas vindas e sempre um ganho,
até as das práticas indevidas...
Agora aguardo e aquieto,
novos trunfos já conservo,
pra sempre conservarei,
sempre comigo, eu sei!
Agora, ouça com atenção,
não importa só tirar,
você precisa gritar!
O contrário é mera ilusão!