domingo, 31 de outubro de 2010

Sobre o aborto

Parte 1



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Parte 2

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

Escolhas

Meu amor, eu estou indo.
Pelas ruas desse mundo;
nem ao menos quero um rumo
eu simplesmente estou partindo.

Pelas noites, pelos dias;
pelo que virá e pelo agora;
por todas as vadias
e todas as santas que existem lá fora!

Meu amor, tanto eu tentei...
tanto eu quis prender-me a ti...
Tudo bem, eu me enganei...
Mas ao menos uma vez eu te senti...

por uma crença infundada;
um de cem que valia tanto!
Por deus, como eras amada!
Como foi terrível o teu encanto...

Eu sei o que te fiz sentir...
Eu sei o que pude despertar...
Sabia que isso teria um fim,
mas fui teimoso demais pra aceitar...

As vezes pergunto: Acabou?
As vezes penso que não...
Mas o manto que me anestesiou
rasgado foi... uma ilusão?

Eu não quis aceitar a derrota.
Eu ousei não te deixar.
Foi uma escolha idiota,
mas hoje, nada me faria mudar.

Eu sei que ainda sente algo.
Sei que já pode controlar,
mas ainda sou teu ponto fraco
e ainda que não queira, sei machucar...

Você fez a sua escolha.
Acertada eu até diria.
Se fosse diferente, teria sido tola;
escolher o incerto é minha mania!

Fizeste o melhor, o mais justo;
preferiu o honrado ao pecador.
tomou a decisão certa e sem susto
suprimiu tudo que me falou...

Você foi forte, devo admitir...
Forte e honrada, eu posso dizer
Gostou do que pôde sentir
mas mesmo assim tentou esquecer.

Você abriu mão do que disse amar.
Abriu mão depois do que teve.
Abriu mão sem me consultar.
Tirou-me água após dar-me a sede!

Você me fez sentir responsável;
me preocupar com teu bem estar...
Ferir-me a alma foi tão fácil...
Eu nem ao menos pude lutar...

No fim de tudo eu me perguntei:
isso afinal foi covardia?
Foi forte na decisão, eu sei,
mas fez da pior forma que podia...

Você disse que queria evitar a dor;
magoou a três, como isso é possível?
fez três experimentarem um tipo de horror...
Fez tudo da forma mais sofrível...

Eu não vou ficar no seu caminho.
Já deixei morrer de sede o que eu sentia...
Por isso quis ficar sozinho.
Permanecer ao teu lado só me feria

mais e mais e nunca menos...
Reascendia as velhas dores
dominava os meus pensamentos
com nostalgias de meus amores...

Eu estou indo, meu amor
e eu não vou voltar...
não como querias...
eu não posso evitar...

Sejamos então amigos.
Isso eu posso oferecer.
É um estado de menores riscos
pra pessoas como eu e você.

Não. Não somos iguais,
mas somos voláteis juntos
não podemos nos unir jamais
Poderíamos matar diversos mundos...

Nós voamos e caímos
Nós choramos, nós sentimos;
E no fim... você largou da minha mão...
e me deixou com esse gosto... amargo, horroroso... de que foi tudo em vão....

Matheus Santos Rodrigues Silva


sábado, 23 de outubro de 2010

Devaneio

É verdade que você nasceu já projetada
pra encher meus olhos de paixão.
É verdade que você é rara 
e que teu sorriso negou o meu não.

É verdade que eu te quero toda
só por que te vi e aleguei ser o primeiro
que mentira a minha... que mentira boba...
Que mentira bela, eu digo ao mundo inteiro!

Eu só quis você por que não tinha escolha...
Sem você o dia não teria graça...
O soprar de um vento a ninar uma folha.
Essas pequenas coisas não seriam nada...

Que escuridão? Quero brilho?
Isso acaso existe?
A vida é um trem em cima de um trilho?
Se for, meu deus, que dor... que triste...

Matheus Santos Rodrigues Silva

terça-feira, 19 de outubro de 2010

Ridículo

Eu vou morrer sendo o que sou.
Um simples tolo a vagar...
Mais um a se decompor
nas vagas leves desse mar.

E esse medo? Não me invade?
Seria bom pra me alertar...
Seria bom ser mais covarde
e desistir de acreditar...

Eu não sou melhor por isso;
talvez seja pior...
Um pobre sem juízo
de quem o mundo não tem dó...

Mas ainda posso notar nas esquinas,
acompanhado da solidão,
que minhas tortuosas rimas
não estão sendo feitas em vão...

Matheus Santos Rodrigues Silva

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Carta de amor

Pequena flor branca, as vezes rosada
crescida e florida em mil corações,
adoro-lhe os olhos, oh flor amada,
que põe sobre mim, como negros botões.

Cativas-te o meu peito.
Tuas raízes, estranhamente, nutrem meu ser.
Teu passo, teu toque, teu riso, teu jeito...
És uma flor, bela e alva que ilumina o meu viver.

Sou teu irmão, dama branca.
Rosa mística da paz.
Menina tola, pecadora e santa.
Imperfeita mulher... pra mim tanto faz!

Eu te gosto assim.
Ao mesmo tempo que é fel é jasmin!

Eu quero ver o teu sorriso!
Aquele rostinho alegre que me olhava
e que logo me abraçava.
Eu quero ouvir teu riso!

Aquele som musical que me fez amar você.
Aquelas notas perfeitas que me deu de presente.
Alegre? Plagal? Lindo! Somente.
O pensar de meus dias é: Quero te ver!

Meu deus! Senhor, não a deixe chorar...
Eu estou tão distante pra ser um consolo...
Pra enxugar suas lágrimas e rodá-la no ar!
Eu sei... eu sei... eu sou besta, eu sou tolo...

Minha rosa alva, não chora, eu te peço!
Cuida de ti por mim e lê cada verso
da poesia que eu faço e que eu canto...
da poesia que eu faço por que eu te amo!

Matheus Santos Rodrigues Silva


*Para Maria Clara Santos de Oliveira*

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

O tolo e o poeta/ O tolo é o poeta

A poesia e o tempo. Dois inimigos que não se bastam e não se vencem.
Criaturas criadas pela vileza humana e pela paixão da natureza.
Entidades ocultas que se combatem.
Ambos marcas de saudade e tristeza.

O poeta enfrentou o tempo pelo amor de uma mulher;
motivo tolo?... talvez...
Ela não era uma qualquer;
parecia, o poeta, estar amando outra vez!

Horas, dias e anos enfrentaram letras, palavras e frases.
Sentimentos dos mais humanos cravaram seus dentes sobre a eternidade!

Beleza vil tem a poesia... sedução podre tem o poeta...
“Não cobiçarás a mulher do próximo”, disse o senhor.
Mas os poetas não seguem as leis de deus
nem das rimas de sua própria poesia!

Venceu!... Venceu?
Palavra vazia... não expressa nada...
Momento curto que se perdeu...
Ilusão alcançada...

Há tanto tempo foi... mas ainda me lembro!
Do floco de inverno e não da flor de setembro!
Conquistas...

A ilusão da poesia foi achar que vencia o tempo.
Ele se impôs como um nobre em sua toga.
Reto. Perfeito até mesmo em pensamento.
E forçou a poesia a ir embora.

Cruel despedida... um sentimento tão puro e tão lascivo...se anulam? Não acredito...

E o tolo?... Onde está afinal?
Parado. A espera do fim.
Ele não pertence nem ao bem nem ao mal.
Não precisa do não nem do sim.
Basta-lhe o talvez...

E ele entrega o perdão.
Àquela que deu à lasciva poesia a chance de sentir
e que dela tirou todo o sonho do por vir...
Ele a entrega o perdão...

O tempo derrotou a poesia.
Ele passa... ele sopra... ele vence!
Deixa em seu rastro a nostalgia
e os restos de um amor demente...

Quem é o tolo?...

domingo, 10 de outubro de 2010

Sobre as eleições presidenciais

Venho escrever esse texto com um sentimento de indignação e até mesmo vergonha por alguns cidadãos de meu país e principalmente pela grande imprensa brasileira.
Estamos no início de um segundo turno e eis que surgem temas "polêmicos" envolvendo a opinião dos presidenciáveis. Um desses temas é a legalização do aborto. A discussão desse tema no contexto da disputa presidencial é totalmente ridícula! A legalização ou não do procedimento abortivo é assunto exclusivo do legislativo e não compete em nada ao executivo. A unica coisa que o presidente da república pode fazer é não sancionar uma possível aprovação e mandar de volta para o congresso, que irá reavaliar o caso e se considerar que a aprovação deve ser feita ela será, com consentimento presidencial ou não. Além disso, eu gostaria de destacar outro ponto importante: Somos um estado laico. A religião não pode permear as decisões políticas, pois não somos uma teocracia. Eu sou contra a legalização do procedimento abortivo por acreditar que seja a solução errada para este problema, mas não poderia jamais usar da religião para me justificar. Usar o tema do aborto, que eu repito: não compete ao executivo, para ganhar votos ou retirá-los dos adversários é baixo, é ridículo, é imoral! Aqueles que pregam coisas como "cristão não vota em abortista" estão agindo como os extremistas de estados que aplicam a sharia(lei islâmica) em seu cotidiano. Países esses que devem ser muito condenados por esses cristãos. Não é por ser cristão ou de qualquer outra religião que se deve condenar um ato a nível legal. O Brasil é um país plural, diverso. Não podemos aceitar que uma religião queira impor uma legislação baseada em seus preceitos. Isso seria como se igualar ao Irã ou ao Sudão. Não somos uma teocracia.
A ex-candidata Marina Silva apresentou uma interessante proposta em seu programa de governo: destinar um valor que representasse 12% do PIB nacional à educação. Essa é uma proposta de interesse de todo o país, mas eu não vejo nenhum dos outros dois candidatos tocando no assunto. Também não vejo a grande mídia colocando o tema em pauta e nem vejo os meus compatriotas cobrando de seus respectivos candidatos uma posição quanto a isso. 
Em 2000 foi aprovada a EC29 que vinculava 12% dos recursos das três esferas(federal, estadual e municipal) ao financiamento do sistema único de saúde(SUS) dando ao sistema mais estabilidade e proporcionando a sua melhoria. No entanto a emenda ainda não foi regulamentada. Depois de dez anos, não foi regulamentada e eu não vejo ninguém; nem candidatos, nem grande mídia, nem a população em geral cobrando uma atitude quanto a isso.
Educação e saúde são dois temas de extrema importância para nós brasileiros. São duas áreas das quais temos inúmeras reclamações. Então por que não nos preocupamos com elas? Por que não cobramos dos candidatos, de onde sairá o próximo presidente da república, uma postura quanto a esses temas? 
Outro tema que está sendo ridiculamente levantado é a questão da liberdade de imprensa. Alguns dizem que a liberdade de imprensa no Brasil está ameaçada e eu não consigo entender o por que. Primeiro: se a liberdade de imprensa estivesse ameaçada, não seria pela imprensa que essa notícia chegaria até nós. Segundo: A grande imprensa brasileira em si já é um veículo que cerceia a nossa liberdade a medida, por exemplo, que dá destaque a temas sem relevância presidencial como o aborto e passa dez anos sem tocar na questão da regulamentação da EC29. A essas pessoas que dizem que a liberdade de imprensa está ameaçada, eu pergunto: como?

As eleições presidenciais brasileiras estão cada vez mais se distanciando de um processo eleitoral e se aproximando de um reality show. As pessoas estão dando destaque a características pessoais dos candidatos e não a suas propostas. Pra falar a verdade as propostas estão se tornando raras nas propagandas políticas. Eu gostaria de dizer algo as pessoas que estão levando o debate político ao ridículo: isso é uma eleição e não um paredão do big brother.

Enfim, se você que está lendo isso está cansado dessa politicagem barata, se quer ver temas realmente relevantes serem discutidos, exija isso! Não dê crédito a temas inúteis e se for o caso entre em contato com os candidatos ou redes de imprensa e exija respeito! Eles não podem querer que discutamos aquilo que eles querem. Eles não podem querer desviar a nossa atenção do que realmente importa. Eles querem guiar o nosso pensamento. Eles querem direcionar as nossas cobranças. Trabalhemos para transformar este circo que chamam de democracia representativa brasileira num sistema que funcione!

Matheus Santos Rodrigues Silva

Batalhão perdido

Eles marcham...
Por todos os lados desse país, eles seguem inúteis.
Em cada canto que eu olho, estão eles, tão fúteis...
A marchar e gritar... simplesmente não param!

Todos iguais compondo as fileiras
Com gritos e ais levantando as bandeiras
que não lhes pertencem...

Quantos cegos soldados...
Todos eles armados numa só solidão...

Quantos gritos calados,
quantos sonhos roubados por pura ambição...

Quem são estes que seguem sem pensar por si mesmos?
Não terão eles sonhos, vontades,  desejos?
Serão simples mortalhas sem alma e sem graça?
A contemplar, passivos o tempo que passa
a matar-lhes a coragem?

Em que século o amor se perdeu?

sábado, 9 de outubro de 2010

Poesia inacabada

Pai, quero matar o dom que criou. Destruir a santidade de teu sentimento pelo meu..
Pai, quero verter o sangue do sacrifício das almas que uniu... quero romper o que teceu...
Pai, estou guiando os exércitos que me deste até um campo neutro... vou atear fogo à lavoura...
Pai, eu seto a paz que ungiste... tão duradoura...

Semblante vivo que em meu céu ressoa,
grande alegria que a minha tarde encarna,
eu rogo ao céus e grito e o grito ecoa,
que traga paz a mim e a minha alma.

Rosto rosado, voz do meu sentir;
inquietude plena e vil do meu viver;
ouça o som da corrente a se partir,
veja como é fácil se esquecer...

O que te trouxe? O que te faz ser tão lembrada?
Quem é você, que tanto a minha mente encanta?
Quem permitiu que tomasse a minha calma?


Matheus Santos Rodrigues Silva

Resistance - Muse




















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Is our secret safe tonight?
And are we out of sight?
Or will our world come tumbling down?
Will they find our hiding place?
Is this our last embrace?
Or will the walls start caving in?
It could be wrong, could be wrong,
But it should've been right,
It could be wrong, could be wrong,
To let our hearts ignite,
It could be wrong, could be wrong,
Are we digging a hole?
It could be wrong, could be wrong,
This is out of control,
It could be wrong, could be wrong,
It could never last,
It could be wrong, could be wrong,
Must erase it fast,
It could be wrong, could be wrong,
But it could've been right,
It could be wrong, could be wrong,
Love is our resistance,
They'll keep us apart and they won't stop breaking us down.
Hold me,
Our lips must always be sealed.
If we live our life in fear,
I'll wait a thousand years,
Just to see you smile again.
Calm your prayers for love and peace,
You'll wake the Thought Police,
We can hide the truth inside.
It could be wrong, could be wrong,
But it should've been right,
It could be wrong, could be wrong,
To let our hearts ignite,
It could be wrong, could be wrong,
Are we digging a hole?
It could be wrong, could be wrong,
This is out of control,
It could be wrong, could be wrong,
It could never last,
It could be wrong, could be wrong,
Must erase it fast,
It could be wrong, could be wrong,
But it could've been right,
It could be wrong, could be wrong,
Love is our resistance,
They'll keep us apart and they won't stop breaking us down.
Hold me,
Our lips must always be sealed.
The night has reached its end,
We can't pretend,
We must run,
We must run,
It's time to run
Take us away from here,
Protect us from further harm
Resistance!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Voz amiga


Cativante som delicado
em alvos lábios foi gerado o tom do teu encanto!
Como és belo, doce canto!
Som de auroras ancestrais, de tempos que não voltam mais...

Delicados toques no meu ouvido;
Voz gravada, voz de amigo,
ouvir-te fez de mim feliz
por ser bela toda palavra que diz

Ouvir-te me acalma a alma,
teu som não me deixa esquecer;
teu falar me conduz à calma;
me é saudável ouvir você!

Por isso eu digo: Obrigado!
Você me traz de volta ao mundo
e me dá a tranquilidade de que preciso,
me ajuda a retomar o rumo
com o puro som do teu sorriso!

"Ouvi você quando sorriu
e disse a todos: calados!
nem mais um Piu!"

Matheus Santos Rodrigues Silva


quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Manifesto de outubro

Meu amor, estamos no limbo do mundo
cercados por todos os lados;
estamos no buraco mais fundo;
estamos encurralados!

Eles querem nos convencer
a rápido aceitar a morte;
eles querem nos fazer temer;
eles querem nos negar a sorte

de ver nascer o nosso sonho;
querem nos escravizar
e por isso eu me ponho
na linha de frente a lutar!

Eles disseram que a escuridão é eterna,
que são a maior força;
que esse manto ao mundo todo cerca
e que eu calasse a minha boca.

Minha pequena, eu não vou parar
antes de te ver sorrir!
Mil vezes eu vou voltar
se mil vezes tiver que ir.

Nós somos a resistência!
aqueles que não vão permitir
que se mate toda a essência
e se desista de todo o por vir!

Meu amor, vamos correr!
Vamos correr que há pressa!
Esse mundo de tanto temer
aqui acaba e um novo começa!

Não há mais tempo para silêncio;
acabou-se a humilhação;
Eu quero, eu posso, eu penso;
é chegada a hora da insurreição!

Eles não podem nos calar!
Eles não podem mais conter!
Os ecos voam pelo ar
e ninguém os vai deter!

Meu amor, eu te prometo:
todos vamos voltar!
Não haverá mais medo
a luta irá acabar!

Minha arma é o teu amor;
meu escudo é o teu sorriso;
Teu gosto, teu cheiro, tua cor...
é tudo de que eu preciso!

Reze, reze por todos!
Pela paz e pela glória.
Somos um bando de tolos
prontos pra fazer história!

Pode custar a minha vida,
a minha própria salvação!
Mas nunca será esquecida
a glória da revolução!


Uprising - Muse



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The paranoia is in bloom, the PR
The transmissions will resume
They'll try to push drugs
Keep us all dumbed down and hope that
We will never see the truth around
(So come on)
Another promise, another scene, another
A package not to keep us trapped in greed
With all the green belts wrapped around our minds
...and endless red tape to keep the truth confined
(So come on)
They will not force us
They will stop degrading us
They will not control us
We will be victorious
(So come on)
Interchanging mind-control come let the
Revolution take its toll if you could
Flick the switch and open your third eye, you'd see that
We should never be afraid to die
(So come on)
Rise up and take the power back, it's time that
The fat cats had a heart attack, you know that
Their time is coming to an end, we have to
Unify and watch our flag ascend
(So come on)
They will not force us
They will stop degrading us
They will not control us
We will be victorious
(So come on)
(Hey) x3
(Hey) x4
(Hey) x4
They will not force us
They will stop degrading us
They will not control us
We will be victorious
(So come on)
(Hey) x4

XXXI Concurso literário internacional - Arnaldo Giraldo

É com muito orgulho que venho anunciar que consegui a sexta colocação no XXXI concurso literário internacional da Arnaldo Giraldo Edições. A posição foi conseguida com a o par de poesias "O mar" e "Maresia". Os dois poemas serão publicados no livro "O sol, o mar e a chuva" pela referida editora em abril de 2011. Quero agradecer a todos os meus familiares, amigos e a todos que visitam e acompanham o blog pelo apoio que me dão para continuar escrevendo.

Classificação final:
http://www.giraldo.org/31classif_poesiapdf.pdf

Matheus

sábado, 2 de outubro de 2010

Trono vago

                
Deusa intangível, onde estás?
Procuram-te em toda a imensa terra;
buscam-te há tempos ancestrais;
por ti todo o mundo entrou em guerra!

Que imagem é essa que se mostra?
Que falsa figura se anuncia?
É uma cópia desastrosa!
Inerte, morta... tão vazia...

Não é você, oh deusa adorada!
É alguma farsa usurpadora!
Essa dama nem ao menos fala!
É insossa, fraca, é tola!

Onde está você? Me diga!
Em que tempo esqueceu-te a sorte?
Onde está a tua mão amiga?
O teu pensar e o teu discurso forte?

Essa mentira tem que parar!
Por que o mundo se cala?
Não podemos aceitar
uma líder que nem fala!

Dois bilhões a rastejar.
Poucas dezenas a beber
a glória de ali estar,
a alegria de poder ser

os que têm voz e tem valor;
os que decidem pelo mundo;
Sem ninguém pra se opor
além de um pobre vagabundo...

Ao vagabundo prometeste
que este falaria
e que não importava o interesse,
o mundo todo ouviria!

Deusa, noiva prometida,
ninguém questiona a tua falta.
O mundo passa pela vida
e pela vida é que se acaba...

Estamos todos calados
Afundados em letargia;
preciso-te em meus braços...
Onde estás democracia?

Matheus Santos Rodrigues Silva

Democracia - José Saramago



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Palavras do grande mestre José Saramago sobre a democracia. Palavras estas que faço minhas. Onde está a democracia?

Falta

Na ruptura de meu ser
exala o miasma sagrado
daquilo que eu não posso ver
e que nunca me foi inspirado...

A saudade de algo estranho
que eu nunca pude conhecer;
é tão belo e tão insano
que eu mesmo custo a crer.

O que é este sentimento?
Essa falta do que nunca tive?
Ou será que tive por um momento?
Sinto falta do que não existe...

É doce o aroma que ficou;
é belo só por existir!
Poderia jurar que não acabou,
mas como posso se eu nunca o vi?

Se este sentir não é verdade,
 então por que eu acredito?
De onde vem esta saudade?
Será o amor um mito?

Matheus Santos Rodrigues Silva