terça-feira, 31 de agosto de 2010

Tentação

Será que você não percebe?
Que não conseguimos evitar?
Eu te persigo e você me persegue;
é a nossa sina se procurar!

A proximidade é tentadora...
Os toques não deixam mentir;
Eu quero voltar a tua boca
e você quer permitir...

Por que ainda se enganar?
Por que resistir a isso?
Não dá pra evitar...
Já disse, você é um vício!

Eu fui feito pro teu cheiro;
Você foi feita pro meu caminho;
Esquece, não tem jeito
Não dá pra evitar o carinho...

Se nós não nos pararmos,
Sabe onde vamos parar...
Se nós nos evitarmos...
Sabe que não vai funcionar...

Pra que a teimosia?
Por que só não se entrega?
É a minha e a tua alegria...
Segura a minha mão... e me leva!

Matheus Santos Rodrigues Silva

Fixação

Eu amo a liberdade e nela eu vivo;
essa é a minha verdade e eu não acredito
como posso querer me prender a você...

Um sentimento assim tão combatido
por você e por mim; não faz sentido
como eu quero tanto...

Você me drogou desde o início;
eu tento escapar, mas é um vício!

Estou viciado em teu perfume...
Estou viciado em teu olhar...
Esse não é o meu costume, mas, meu deus, eu não posso evitar...

Tentei te esquecer, mas não consigo...
Tentei te superar, mas é incrível!
Você está por todo lado...

Em cada pôr de sol.
Em cada brilho de estrela.
Eu quero você e só...
Meu deus, quanta besteira!

Estou em abstinência do teu gosto;
tento parar com o teu olhar;
uso poucas doses do teu rosto
e tento não mais te beijar.

Eu evito o quanto posso ter você na minha mente;
Botar você na minha alma... foi minha escolha mais demente!

Tirar você da minha alma, mente e coração?
Eu não quero e nem posso quebrar essa maldita fixação...

Matheus Santos Rodrigues Silva

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Ao meu amor

Meu amor morreu no parto.
Assim quis o senhor e a gente por todo lado;
pois sou um pecador e o fui no meu passado...
Mas deus é bom sujeito e logo deu um jeito e veio me ajudar;
pegou o meu amor e partiu em mil pedaços; lançou em mil espaços e mandou eu procurar.
E assim me coloquei nesse mundo errante, viajo ao mais distante a procura do meu amor.
Partido em mil mulheres, Anas, Tatis e Neres, reflexos do que eu sou.
E a cada beijo eu ajunto e cada abraço é um triunfo; dividir pra conquistar!
E um dia cada lábio estará no meu; e cada beijo que ele conheceu será um; o da mulher mais amada!
Meu resumo de anjo com fada; e assim eu respiro e me aquieto com a certeza do meu erro mais certo.
Pra mil almas foi o meu amor e mil calmas deus me tirou; por mil vezes que eu vou sofrer, por mil vezes que eu vou perecer, mil vezes eu vou sentir as mil intensidades de um só sorrir;
esperando parar e nunca mais procurar e poder só te amar!

Matheus Santos Rodrigues Silva

Benção e maldição

Deus, tu me fizeste crer no que eu sinto e no que eu amo...
Me fizeste tão humano...
Deus, tu me condenaste a não conhecer o ódio e amar sem limites, a lembrar do passado...
do passado mais triste...
Mas o pior não foi isso...
Foi me permitir lembrar e nunca esquecer de cada amar e é como morrer não poder tocar com a ferida onde eu sei que vou me curar...
Meu senhor, obrigado!
Fizeste-me humano, fizeste-me ousado!
Um ator de seu plano, um poeta, um marcado pelo que o mundo esqueceu...
Me deste a lembrança de séculos atrás;
uma última esperança do que não volta mais...
Deu-me a capacidade de amar com a intensidade dos anjos...
Deu-me amores intensos demais...
Deu-me horrores, hienas, chacais e fez de mim um lobo... e fez de mim um bobo...
Fez-me amar o que amo, fez-me amar o que sou;
Senhor, qual o seu plano?
Por que me fez amor?
Por que?..

Matheus Santos Rodrigues Silva

domingo, 29 de agosto de 2010

Time is running out


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Time is running out- Muse

I think I'm drowning
asphyxiated
I wanna break this spell
that you've created

you're something beautiful
a contradiction
I wanna play the game
I want the friction

you will be the death of me
you will be the death of me

bury it
I won't let you bury it
I won't let you smother it
I won't let you murder it

our time is running out
our time is running out
you can't push it underground
you can't stop it screaming out

I wanted freedom
bound and restricted
I tried to give you up
but I'm addicted

now that you know I'm trapped sense of elation
you'd never dream of
breaking this fixation

you will squeeze the life out of me

bury it
I won't let you bury it
I won't let you smother it
I won't let you murder it

our time is running out
our time is running out
you can't push it underground
you can't stop it screaming out
how did it come to this?
ooooohh

you will suck the life out of me

bury it
I won't let you bury it
I won't let you smother it
I won't let you murder it

our time is running out
our time is running out
you can't push it underground
you can't stop it screaming out
How did it come to this?
ooooohh

domingo, 22 de agosto de 2010

Vi kaj mi

En la nokto kio kaŝas mian koron
via faco estas pli bela sonĝo
kaj via kiso estas en miaj lipoj
kaj via odoro estas en miaj manoj

Mi amas vin kaj mia koro estas via...
Pardonas min... pardonas amo mia...

Matheus Santos Rodrigues Silva

sábado, 21 de agosto de 2010

Agitated - Muse



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Agitated

You make me agitated
WIth all the things you've hated
But you're uncomplicated
So why should it affect you
That my loving was so untrue, yeah

You do it to me sweetly
To me, yeah, yeah
You do it to me lovely
To me, yeah, yeah

You try to make me crazy
You make me agitated
But we're not suffocated
And why should it affect you
That my loving was so untrue

You do it to me sweetly
To me, yeah, yeah
You do it to me lovely
To me, yeah, yeah

Sem sentido

Que fique muito mal explicado.
Não faço força pra ser entendido.
Quem faz sentido é soldado!

Mário Quintana

Tela de vidro

Forças que não me esquecem, eu vos suplico...
Mãe amada, amor que chama, eu te suplico...
Pai amado, calor da chama, eu te suplico...
Amores... amores que crescem, eu vos suplico...

No auge de minha febre eu peço, eu rogo...
Pelo fim de algo que eu não quero que acabe...
Forças deste mundo, eu vos imploro!
Acabem com esta paixão que me invade...

Esquecimento vil, graça a mim negada;
É tão cruel assim que não me acalma?
Mão solene que me ama...
Voz desgraçada, por que me chama?...

Eu sei o que é sangrar!
Eu sei o que é morrer!
Eu não consigo fazer isso!
Eu não consigo!
Desde que te conheci...

Expressão voraz de minha paixão,
És apenas o amor que eu sinto...
Escara em meu coração...
Verdade que eu tanto minto...

Possibilidade que não é...
Chance desperdiçada...
Despedida de um galé...
Aos mares foste atirada...

Veneno que me domina;
Mal que me avilta o ser;
Eu tenho mesmo uma sina...
Fadado estou a não esquecer...

Podridão em minha alma;
Câncer que me destrói;
Mácula... mácula amarga...
Sangue meu, que me corrói...

És a cura para o meu veneno...
E a culpada por me envenenar...
És o alicerce puro e pleno...
Em que insisto em segurar...

És enfim, de toda sorte...
A mancha mais pura...
A chave da minha morte...
És o veneno e és a cura...

A mortalha que agora visto,
Eu dispo logo ao te ver...
Esse sentir em que eu tanto insisto
É pro meu bem... pro meu viver...

És a escolha que eu fiz.
A decisão que eu tomei.
Se não podes ser, me diz...
Assim, calado eu morrerei...

Não me pense um suicida...
Romântico sim, eu sou.
Me despedi de uma vida
a cada amor que se acabou...

Se for pra perder você,
me diz e eu acato.
Pra nunca mais te ver,
como um ser lindo e tão amado...

E assim eu seguirei
com mais uma morte nas costas.
Outra morte minha, eu sei,
talvez vitórias... talvez derrotas...

Mas se sentir aquilo de que tanto me falou
aquilo que me deu, onde sorriu e onde chorou,
não deixe que se acabe...
Não deixe que se perca... não deixe que se mate...

Forças que me esquecem
Façam cochilar,
Os sentimentos e as preces;
É melhor dormir... e não matar...

Matheus Santos Rodrigues Silva

sábado, 14 de agosto de 2010

Diário de guerra V

Hoje é o meu último dia de vida.
Depois de tanta luta eu vou morrer.
Nós tentamos.
Fui procurar por Vânia e não a encontrei. Só pude ver um ser que não conseguia falar e nem olhar nos meus olhos. Eles mataram a minha Vânia e deixaram aquele ser pra me atormentar.
Não. Ainda era ela. Por mais que eu quisesse e precisasse pensar que não era, ainda era ela.
Levamos o maior número de pessoas que conseguimos para trás das linhas da resistência.
Estávamos prontos pra atacar.
Atacamos ao anoitecer. Eles não esperam por aquilo. Muitos dos oficiais estavam jantando com suas famílias. Tolos.
Soube mais tarde que Gluck se encontrava em igual situação. Foi morto ao tentar impedir os tiros em sua família. Tolo. Morreria de qualquer jeito. O desgraçado me escapou.
Mas eu não deixaria que nenhum deles escapasse! Eu sei o que eles fizeram a Vânia!
Acabamos rapidamente com a maioria dos oficiais. Agora o exército deles estava sem comando. Precisávamos apenas desferir o golpe final.
Avançamos pelos flancos do campo inimigo e os soldados estavam ridiculamente posicionados. Foi fácil matar aqueles imbecis.
Quando adentrávamos os últimos setores em que haviam oficiais, Vânia apareceu. Ela estava com um fuzil e gritava muito. O que ela estaria pensando? Eu estava lá pra vingá-la!
Ela furou a nossa linha e correu em direção ao inimigo. Eles atiraram nela. Aqueles bastardos atiraram nela...
Por que ela fez aquilo?
Eu corri em direção a ela e levei três tiros na perna. Os homens me tiraram de lá.
Me trouxeram pra cá e voltaram ao combate.
Corajosos... muito corajosos...
As últimas notícias que chegaram foram de que chegaram reforços no lado inimigo.
Poucos reforços, mas os homens não estão conseguindo lidar com isso.
Acho que já chega. Os tiros que eu levei estão infeccionando e não há médicos por aqui.
Cedo ou tarde eu vou morrer. Ainda bem. Não tenho mais pelo que lutar.
Gluck está morto. Vânia está morta. Qualquer motivo que eu tinha pra ficar nesse campo, ou melhor, qualquer motivo que eu tinha pra ficar neste mundo está morto.
Ouço sons. Meus corajosos homens devem estar mortos. Todos os homens corajosos acabam assim mais cedo que os outros. Por isso estou vivo.
Eles vão entrar por essa porte e vão me matar.
Meus homens deixaram um fuzil pra que eu pudesse ao menos levar um deles comigo. Eu não levar mais ninguém. Talvez eu leve alguém que signifique algo pra alguém. E aí vou acabar levando mais e mais gente. Chega. Essa guerra já matou muitas pessoas e não há lugar para todas debaixo do chão.
Eles estão se aproximando...
... Tomara que esse diário não morra comigo...
...Adeus...
... Sieg Heil!...

Queda

Eu quero morrer...
Essa é a sensação augusta de um querer que eu não posso alimentar...
Eu não quero morrer...
Mas as vezes seria bom parar de respirar...
Eu sei que o que me impele a esses pensamentos vis é uma dor que eu não agüento...
E também sei que não sei ser fraco por muito tempo...
Eu sou o que sinto e não posso sentir...
É isso que eu sou... é isso e mais nada...
Mas isso não pode viver, não pode seguir...
Se é isso que eu sou, por favor, me mata!
Já morri outras vezes, eu sei que é possível...
Não me negue essa graça quando mais preciso...
Guardo uma certeza que não existe.
Guardo uma beleza tão simples... tão triste...
Sou portador de uma coragem que eu não pedi...
Qual a sua utilidade se eu não posso mais lutar?
Um corajoso? Tolo que nunca sorri...
Que definha e definha... até se acabar!
Acho que é o contrapeso de meu ser.
O que torna justa a minha existência.
Se é tão bom de nada se esquecer,
é também a dor da minha essência...

Matheus Santos Rodrigues Silva

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Alívios II

Meus vôos mais altos resultam nas minhas maiores quedas. É incrível como o mundo insiste em me dizer não...
Minha teimosia também é muito incrível. Ou seria burra? Não sei. Eu acho que é o que eu sou.
Não sei viver a beira das sensações. Sinto tudo com a intensidade que me vem. Sinto tudo sem o medo do depois. Mesmo sabendo que o depois virá. Mesmo sabendo que o depois dói...

Alívios

Eu sinto a dor de uma certeza que eu não posso ter...
Ela grita tão alto! Eu preciso fazer ela se calar...
É tão bom viver a intensidade das coisas... é tão ruim que elas não durem...

Rosas de um inverno póstumo

Foi um sonho... foi um sonho?
Desperto. O fibrilar em meu peito me exaspera.
O arfar é grande... é intenso... o sentir é belo...
Não foi um sonho!

Dois olhares se fitavam, eu lembro;
dois olhares e um deles era o meu;
dois olhares, dois corpos, dois pensamentos;
se desejavam, ela e eu.

A trouxe em meus braços e ela deixou;
foi como tocar as nuvens de um céu distante!
Eu olhei pra ela, ela me olhou
e o plano me dizia: segue adiante!

Mas que plano?
Eu não sabia. Só sabia que existia...

Ela estava lá! Diante de mim; seu peito a pulsar. seu rosto a sorrir...

O que eram aqueles olhos? Eles ainda me fazem sufocar!
Meu peito cresce sem exitar...

Me olhavam... me olhavam tanto!
que no mundo cessava o grito, calava o pranto...
tudo em silêncio pra nós!

Eu a olhava e a desejava... como queria... como queria...
e minha alma desarmada àqueles lábios se rendia.
Um instante. Um pensamento. A tentativa final de uma razão sem sentido... malograda razão atirada ao olvido...
tenho razões maiores que ti!

Ela estava tão perto... tão perto... meu coração gritava e nada mais ouvia... meus braços com ela, meus olhos com ela... meu corpo com ela...
"Me desculpa, moça" - Apagou-se toda a luz ao meu redor.
Estava cego e surdo e mudo... o toque em seus lábios congelou-se no tempo...

O desafio de toda a poesia é descrever isto...
A dança, a música... os sentidos estavam ávidos e confinados àquela cela... como eu amo aquela cela!

Aquele momento doce que deixou um azul e um vermelho em meus lábios... Aquele momento que anulou tudo ao meu redor...

Um sol de mil anos, um paraíso... tão harmônico e pleno...

A combinação perfeita de duas almas loucas... sim, loucas! Sim, perfeitas!
Deu-me asas e vida e amor, tão bonito!
Roubas-te a cor do mundo pra colorir isto pra mim...

Condenado estou. Condenado fui por beijar os lábios da minha alma... peço: por favor, carceireiro, bom homem, leve-me ao meu cadafalso! Execute-me por fim... minha pena é amá-la pra sempre!

Matheus Santos Rodrigues Silva

Ao sol de inverno

Ela foi tudo pra mim... e eu não sei o que fazer...
Me avisaram sobre o risco de sentir coisas tão intensas... eu quis me arriscar...
Agora dói. Dói muito! Mas não importa por que a beleza ficou...
Eu não me arrependo de ter sentido tudo aquilo... tá certo que eu queria mais, mas isso é o que é...
Agora eu não vou mais deixar isso crescer em mim...
Foi eterno enquanto durou...

Matheus Santos Rodrigues Silva

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Sentença

Esta é uma sentença para Matheus Santos Rodrigues Silva; Lida com muito fogo nos olhos!

Você não tem direito a vida.
Cometeu um erro ao se atrever.
Manterei aberta esta ferida.
Nego-te o direito de esquecer.

Quero que lembre, não se esqueça;
Seu atrevimento ao me desafiar.
Condeno-te a tristeza;
Condenado estás a penar.

Eu não o mato pra que sofra.
Prefiro que morra devagar.
Por isso lhe encerro nesta masmorra.
Que morra o teu sentir! Que morra o teu amar!

Aprenda enfim que a alegria não é teu direito.
Sofra! Sofra sim! Até que tu mesmo pare o seu peito!

Mundo