quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Pesadelo

"Avançamos em duas fileiras. Era mais que o suficiente pra abatê-los. Senti o vento bater em meu rosto de uma forma diferente... Era como se tentasse me acalmar... É estranho como isso me afeta... Começamos. Os bárbaros são como animais raivosos. Não sentem e não entendem quando estão derrotados. Sofri o primeiro golpe no escudo e logo tive meu elmo atingido por alguma coisa muito pesada. Fiquei tonto... fui parar no chão e atacado por dois bárbaros imundos. Eles me fitaram com um olhar embebido num ódio inacreditavelmente assustador. Eu ia morrer. Eu tinha certeza de que ia morrer. Vi os campos elísios de aproximarem de mim. Era um sol mais que brilhante que eu já vira, no entanto me ofuscava os olhos. Ele se aproximava lentamente tal qual o machado do maldito bárbaro. Nunca pensei que o tempo fosse diferente na hora da morte. Ele descia audacioso e aquele sol se aproximava e me ofuscava mais... Vi uma luz. Um sol brilhante... Até mais que um anterior. Protegi os olhos e tentei fitá-lo. Não doía... Era ela..."

191 D.C

"Não podia entender. O que via diante de mim? Parecia um milagre do senhor em sua terra sagrada. Ela me olhava com os olhos mais piedosos do mundo. Senhor Deus, me perdoe... talvez esteja blasfemando. Sei que ela não é mais uma virgem e não pode ser comparada a Santa virgem Maria, mas foi a imagem mais próxima dela que eu já vi... Mais bela que todas as pinturas de Roma ou de Constantinopla. Mais bela que a minha imaginação... Os sarracenos ainda tinham raiva em seus olhos... e ela... ela tinha Amor... Certa vez, Frei Giulliano nos falou sobre o Amor de Deus. Eu tinha apenas 12 anos e ouvi tudo tão maravilhado... Peço perdão mais uma vez, Senhor Meu Deus, mas o olhar que ela me fitava estava repleto de seu Amor... Sei de nossa condição de criatura, mas senhor... Ela estava lá!.."


1213 D.C

"E me olhava... fixamente... Aquele sol ofuscante... não vou pra lá! Eu prometi que não caminharia em sua direção... nos disseram "até a morte" antes de sairmos daquele quartel. Estávamos tão animados! Se eu não levantar agora eles vão... Não! Ela está olhando pra mim... Perdão, Amor... Perdão! Perdão se cheguei até aqui... na iminência de minha morte só o que vejo é você!"


1943 D.C

Acordei.

Matheus Santos Rodrigues Silva

terça-feira, 6 de setembro de 2011

Psicografia

Cantei. Da augusta chama o fiel sorriso
que sempre preciso, olhava o meu sono.

Sonhei. Com a mais bela dama que com seu sorriso me emprestou sentido!
Ares de amizade em voga, em tempo e sempre!

Canto secreto das faixas eternas...

Entender? Que adianta? Esta poesia é tanto!

Não faço sentido para os que não são meus.
Só a eles pertenço e devo explicações.
Só por eles rogo e a eles dou razões.

Deus... Nunca mais abri a boca pra falar-te.
Nem mesmo pedir-te piedade. Acho que só te buscam os solitários... Seria ingratidão?
Não.
Fizeste os homens para serem deles e não teus, como bom pai que és.
Se acaso digo besteiras, que mal há? Não vai se incomodar.
Quem sou eu para incomodar-te?

Tornar-se homem é um caminhar difícil...
O menino ainda chora por fenecer a rosa...
O iludido ri pela mesma razão...
O sábio contempla a triste ilusão...

Mas os homens sabem: Ela não fenece!

Matheus Santos Rodrigues Silva

Cantos de Amor II

Porque o Amor é muito maior do que se pensa.
Fita o poeta em meio a névoa densa
sem muitas perguntas, sem muitas delongas.
O Amor não é uma terra de verdades prontas!

Pensa a turba de replicadores
ser o Amor um fato conhecido.
Assunto dominado, só mais um sentido...
Tolos...

Como disse Pessoa: "Pensar é não compreender"
Pensar, pensar... é não saber!
Descobri isso não pensando.
Agindo e não falando.

No Amor você não se dá conta
Você nem espera
Você não se apronta!
Por isso é sincero!

Matheus Santos Rodrigues Silva

Cantos de Amor I

Hoje aqui me ponho em feliz intento
a criar-te doces e singelas trovas,
para levar até seu pensamento
das palavras, as mais formosas!

Vive o mundo num penar doloroso
de que se esquece a falta, a vida e a beleza
faço então, em nossa casa, um mundo novo!
Do qual bano para sempre a cruel frieza

e a danosa angústia do sentido vão.
Digo e repito, em sútil paixão
o quanto importa a cor do teu olhar
de um castanho lindo e um doce brilhar!

Quero levar-te ao peito o que dizem que morre;
esse sentido raro de Amor Maior,
Que muitos não acham no tempo que corre,
mas eu sortudo achei em ti, em ti e só!

A este poeta em fato falta algum engenho
já diria Camões, antes do mortal penho
"aqui falta saber, engenho e arte"
Verdade...

Matheus Santos Rodrigues Silva

s2 Para Priscila Leão Guimarães s2

domingo, 7 de agosto de 2011

Dores

Expressão do que eu não sinto
Valor do que eu não sei

Dor que calo ou que minto
Punido pelo que nunca falei...

De nada me serve o teu canto;
pra nada preciso de ti;
transcrevo meu passado em branco,
passado que eu nunca vivi...

Dito à minha mão firme
palavras do meu inconsciente;
Passado não mais se vive
só se vive o presente...

De ti só quero o nada!
Deixe-me livre pra viver!
Sei que passado não se apaga,
mas também que dele se pode esquecer!

Matheus Santos Rodrigues Silva

domingo, 10 de julho de 2011

Anonymous - Convocação fase 1



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"They will not force us;
They will stop degrading us;
They will not control us;
We will be victoyous!
So come on!"

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Eu

Sabe, eu quero parar. Eu quero parar de sofrer. Quero parar de sentir medo. Parar de sentir dor. De confundir respeito com ódio e com rancor... Eu quero deixar de lado tudo que não me faz bem. Quero olhar e estar errado sem me sentir um refém, um monstro, um traidor... Quero parar os dramas, as loucuras o desmedimento! O exagero com pouco mal e o desprezo ao bom momento! Quero parar de ser fiel a uma causa que eu não abraço, quero ser livre pelo espaço pra sentir o vento bater! Quero sentir ele me acertar, me levar, me comover... Quero sentir o amanhecer... o sol que vem e que toca... quero sentir a alma que evoca... meu beijo... meu amor!
Quero deixar de lado esse ódio! Quero esquecer dessa dor, não é minha! Quero esquecer desse medo, Amor, me abraça, anjinha!
Me deixa, me larga, me esquece! Me apaga, pára, desaparece! Quero perto de mim os meus sonhos, quero perto de mim a paixão de sentir esse mundo risonho se isso é sim ou se é não... Quero sorrir quando tropeçar! Fechar os olhos sem deixar de lutar! Quero poder sofrer e poder chorar sem mentiras... Quero ser pleno... quero ser ameno... quero ser sereno... o menino pequeno que eu sempre fui... que olhava as estrelas e inventava brincadeiras... tantas besteiras... lindas besteiras!
Eu não quero deixar de ser o que eu sou. Não, quero ser eu! Eu! Só eu! Eu sei que é complicado, mas uma rosa me entende! Ela me compreende!
Quero chegar ao fim do mundo! Quero vagar sem ter um rumo! Sair pra passear e esquecer que preciso voltar! Rodar, rodar, rodar, rodar! Sair com meu Amor, sair sem nem pensar! Andar, ver uma rosa. Nadar ver todo o mar... Ah, mar, Amar, Ah, mar!
Eu quero simplesmente ser eu.
Não quero mais que um direito.

Sou Eu! Sou Eu! Sou Eu!

Matheus Santos Rodrigues Silva

Pai II

Chove. O mundo desaba
e você se acaba
a cada dia mais
e não se satisfaz...

Sob o véu,na redoma,
se esconde o teu rosto,
mas ao tempo está exposto
ao ódio que o toma!

Domado é você
por um mundo insano
um não querer saber
um desprezar subumano!

Você olha ao redor
você quer achar
dos meus erros o menor
e me crucificar!

Você não aceita um não
nem mesmo um talvez
pois viva na ilusão
de entender meus porquês!

Eu já não sinto mais
eu não sinto você comigo
alguns anos atrás
disse ser meu amigo...

Eu estou indo em bora.
Eu não vou voltar
já passou da hora
de te superar!

Matheus Santos Rodrigues Silva

Pai

Você me deu permissão para nascer;
me deu tudo que precisei na verdade...
permitiu que eu pudesse crescer
e permitiu que descobrisse a maldade

começando pela sua...
sentindo os ares do tormento
plantas-te em minha mente nua
as dores e o sofrimento!

Mas eu era bem estranho;
não vivia neste mundo;
por isso o seu maior sonho
foi o de me dar um rumo.

Homem sério,
de valor!
Não tem mistério!
O que esperou?

Eu não sei mais o que fazer
pra poder te agradar,
mas eu nem quero mais saber
já não me importo em te desapontar...

O que sou?
O que quero?
O que espero?

Não adianta mais;
não pode mais apertar;
tudo que faz
só consegue me machucar...

Já perdeu o controle
pois não soube medir
respeito e dor,
chorar e sorrir!

Tudo que eu quero
é ser quem eu sou...
Eu não sou você
e nunca vou ser!

Nunca tentei
nunca me esforcei
e você vem me acusar
e me desprezar...

Não pode mais me impedir de tentar...
mais um segundo aqui
e eu não vou aguentar...

Sob todos os seus sonhos
sob todos os seus medos,
você me pôs de joelhos
com seus olhos tristonhos...

Matheus Santos Rodrigues Silva

domingo, 26 de junho de 2011

Numb - Linkin Park



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I'm tired of being what you want me to be
Feeling so faithless, lost under the surface
I don't know what you're expecting of me
Put under the pressure of walking in your shoes

Caught in the undertow, just caught in the undertow
Every step that I take is another mistake to you
Caught in the undertow, just caught in the undertow

I've become so numb
I can't feel you there
I've become so tired
So much more aware

I'm becoming this
All I want to do
Is be more like me
And be less like you

Can't you see that you're smothering me?
Holding too tightly, afraid to lose control
'Cause everything that you thought I would be
Has fallen apart right in front of you

Caught in the undertow, just caught in the undertow
Every step that I take is another mistake to you
Caught in the undertow, just caught in the undertow
And every second I waste is more than I can take

I've become so numb
I can't feel you there
I've become so tired
So much more aware

I'm becoming this
All I want to do
Is be more like me
And be less like you

And I know
I may end up failing, too
But I know you were just like me
With someone disappointed in you

I've become so numb
I can't feel you there
I've become so tired
So much more aware

I'm becoming this
All I want to do
Is be more like me
And be less like you

I've become so numb
I can't feel you there
I'm tired of being what you want me to be

I've become so numb
I can't feel you there
I'm tired of being what you want me to be

terça-feira, 17 de maio de 2011

Desabafo

Eu não quero mais olhar
pra esse tempo que se passa
ver o orvalho gotejar
pelas vistas da minha casa...

Eu não quero mais pensar que existe um poço fundo
um caminho sem volta
um trajeto sem rumo

Eu não quero mais ouvir
Eu não vou mais acatar
vocês não podem me parar
se não podem me sentir...

Vocês só sabem dizer
que o que fizeram é perfeito
é mais fácil não ver
o punhal  cravado em meu peito...

Esqueçam, me esqueçam!
Pois eu não vou esquecer...

Matheus Santos Rodrigues Silva

domingo, 15 de maio de 2011

Nosso mundo

Eu nasci por um desdém do destino
Vim ao mundo por um acaso sorrateiro
Mas vim sozinho sendo metade de um inteiro
Perdido estava, preso em sono profundo

Passei pela terra sem termo e sem chorar
Vivi meus dias navegando sob o mar
Lutei nas chuvas as guerras de outras vidas
Lavei os pés e as mãos de tantas feridas...

Num mundo enorme, eu caí além do horizonte
a medida certa de tudo que eu preciso

resume-se a bela dona de um sorriso
e proprietaria do meu melhor instante

Qual seria esse? Eu digo: Todos com ela!
Um achado raro e extremamente necessário
E se dissessem os céus que isto seria um pecado
Enfrentaria deus em todo o seu juízo

Nesse mundo louco de tolas e vãs palavras
Encontrei aquela que dá tom ao meu viver
Organiza os passos e dá vida ao meu saber
A mais doce e bela jamais descrita em minhas falas

pois que é impossível dizer o quão, o tanto...
é tão impossível te dizer que eu não preciso
de mundo nenhum e nem mesmo nenhum juízo
de nada tangível ou pertencente ao mundo visível


me basta você! Que é tudo que importa!
Me basta você que é toda a minha verdade
Minha certeza e minha vontade
e voltando ao começo: Toda a minha metade!

s2 Para Priscila Leão Guimarães s2

terça-feira, 12 de abril de 2011

Sábado

Mãos dadas.
Olhares amenos que se procuravam.
Olhares sem vergonha de se fitar...
Nos encarávamos com uma serenidade cercada de desejos...

As mãos estavam há muito unidas.
Os corações batiam em uníssono, entoando o ritmo mais sublime!
O que ocorria no mundo? Não sei...
Na verdade eu sei, mas ninguém além dela entenderia...

Sabe o que houve?
O mundo inteiro se calou e a aproximação de nossos corpos se tornou o fato mais importante.
Mãos no peito e logo cotovelos... Perto... muito perto...
Crescia a força que nos puxava um pro outro e qualquer resistência parecia ridículamente inútil...

A fala se articulou num instante que buscava estabelecer o silêncio...
O tempo pressionava a calma...
Os mesmos lábios que há pouco articulavam verbos, se calaram!
Um silêncio de união. Um dois tornado um. Uma vitória da beleza. Amor!

Instante de plenitude e pureza. De Amor e beleza!
Eternos instantes... eternos semblantes....
Tudo se harmonizou  e se colocou em seu devido lugar.
A alma calou, beijou, sentiu!

Olhos que disseram: Vem!
Lábios que disseram: Tua!
Corpo que me fez refém
Alvo semblante de alma nua...

Eu te amo!

Matheus Santos Rodrigues Silva


s2 Para Priscila Leão Guimarães s2

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Esquecendo do mundo

Abro os olhos... lá está ela!
Olhos fechados. Corpo leve. Esperando por algo...
Eu poderia ficar aqui... eternamente... Olhando pra você enquanto o sol tem preguiça...
Nunca seria suficiente...
Luz? Não preciso de mais nenhuma!
Não precisamos de mais do que a nossa!
Ela abre os olhos e procura por algo... Será por mim?
Eu não sei dizer como eu cheguei aqui, mas sei que não importa...
Ela me vê e sorri... Não há nada mais lindo...
Eu esqueço que existe um mundo ao redor e que existe tempo e que existem metros...
Eu não consigo pensar em mais nada...
E nós nos olhamos.
Nós simplesmente nos olhamos.
E tudo está dito e tudo está entendido.
Nos levantamos.
Ela é a primeira pessoa que vejo e a última que vou ver!
Andamos...
Falamos sobre tudo que aconteceu e que vai acontecer...
Sobre nós...
Andamos...

Matheus Santos Rodrigues Silva


s2 Para Priscila Leão Guimarães s2

sábado, 9 de abril de 2011

Snow Patrol - Chasing Cars



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s2 Matheus & Priscila s2

quarta-feira, 6 de abril de 2011

Endless love



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s2 Matheus & Priscila s2

I'm forever yours faithfully



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"Because I'm forever yours faithfully"


Matheus & Priscila

Sol do fim da tarde

Sol do fim da tarde...
Desce a chama, fagulha do ar
desse e me chama pro mar e volte o infinito...
Clarão bonito... saudade....

Sentado acima das ondas...
Na corrente alheia ao vento
sem qualquer pensamento...

Amanhece e faço as contas...
dez dias...
nove dias...

Eu ainda tenho o cheirinho do olhar que você me deu...
É que ele foi parar nos meus lábios...
Isso faz sentido, sabe? Pois meu coração é teu!
Ah isso faz tanto sentido pra gente!

Rimar... Poxa eu não quero rimar...
E também não deixo de querer...
Mas no fim eu nem quero...
Eu só quero te ver!
Não consigo querer mais nada...

Ah... Eu fico assim pensando e vendo as coisas pelo caminho...
Ah... Eu Amo Você!

As crianças jogam brilhantes azuis no ar e meu peito se aperta e faz um barulhinho que só você entende!
Eu vejo carros verde-cana e grandes livros azuis e fico sorrindo e lembrando...
As vezes caem alguns ciscos nos meus olhos, sabe? Mas são só ciscos!

Sabia que as vezes aperta muito?
Sabia que eu te amo muito?
Sabia que a lua ficou mais bonita?

Eu olho pro céu procurando...
Na minha vista se misturam o azul e o branco,
o rosa, o laranja... as vezes um cinza também...
Eu olho pros lados e vejo... vejo que não vejo ninguém...

Nessa hora todas as sombras apontam prum lado e eu olho...
E não vejo muita coisa...
O que eu quero ver não está lá...

O sol do fim da tarde ilumina a minha respiração
e me traz os mais lindos batimentos do mundo!
Eu sinto saudade... Ao sol do fim da tarde...

Escrevi muito pouco sobre a tarde....
Umas duas ou três vezes no máximo.

Acho que foi por falta de vontade...
Mas também pode ser por não ter motivo...
Onde foi que encontrei essa razão?

Vi chegar bem perto o sol tremendo;
Ostentando os raios de seu sorriso!
Contando os passos, lhe falei sofrendo
Em profunda alegria pelo amor maciço

que levou meu peito a explodir em força
que leva minha alma a questionar vazia,
por ser metade apenas quando não devia
por querer ser todo ao lado de uma moça

a quem queria dar o pôr-do-sol e o luar;
a quem eu já dispus tudo do meu ser!
Dona do mistério etéreo do meu amar;
Você!

Matheus Santos Rodrigues Silva


s2 Para Priscila Leão Guimarães s2

terça-feira, 29 de março de 2011

Anyone Else But You - Michael Cera and Ellen Page



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Matheus & Priscila

Feche os olhos, eu tenho um presente pra você!

Eu posso tentar te fazer entender
mas sabe, palavras não podem dizer...
Eu sinto, é tão forte, é tão intenso
É o maior que eu sinto, é o maior que eu penso!
Se eu pudesse, eu faria as estrelas piscarem
as nuvens sorrirem e os astros rodarem
mais devagar
e depois mais depressa
só pra te mostrar
que eu só tenho pressa
de te Amar!
Todas as vezes que a saudade vem
e aperta e me olha assim com desdém
eu seguro, eu me amparo, eu sinto e dói...
E eu te amo mais e mais e não paro de te procurar no mais fundo de nós
Meu Amor eu te digo, repito
Você É O Amor Da Minha Vida, se quiser eu grito!
Meu Amor, acredite no que eu vou te falar:
Neste mundo ou em outro qualquer
Eu nunca vou te deixar!
Eu componho versos como quem fala
só de olhar pra você, minha jóia rara...
Uma vez eu te disse
não sei bem porquê
pedi que me ouvisse
me olhasse
e perguntei
O que vê?

Matheus Santos Rodrigues Silva

s2 Para Priscila Leão Guimarães s2

I live my life for you



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Matheus & Priscila

Taylor Swift - Mine



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Matheus & Priscila

terça-feira, 22 de março de 2011

Amor

Esse aperto desconcertante me diz: É ela!
Esse som de voz arrastada me diz: É ela!
Meu amor? Minha amante? Eu digo: É ela!

Ah, como eu sinto falta...
Do toque alegre, do cheiro brilhante!
Desse amor gigante, mulher de minha alma!

Amor... Significado eterno do que tanto sinto...
Amor... supremo e sacro e tanto... que eu não defino...
Amor... você!

Eterno e terno sentir, se o meu peito bate:
É por ela!
Se caminhar é fácil:
É por ela!
Sobre minha verdade?
É ela!
Minha maior saudade?
É ela!

Amor... No fim eu sou algo com quem sonhei...
Algo no mundo a vagar...
E sabe amor... você está lá!

Matheus Santos Rodrigues Silva


s2 Para Priscila Leão Guimarães s2

quarta-feira, 16 de março de 2011

Caixinha de cristal

Da flor frondosa surgiu doce ao relento
A mais formosa das deusas do vento
Da terra distante em fris entalhes talhada
Surgiu a musa grega de pele rosada
De antigas praças e grandiosas árvores
Entre jóias raras, belezas e desastres,
entre o tempo e o sempre e todo sentimento que em meu corpo treme...
Surgiu o amor colossal...
Surgiu da infindável primavera...
Ela estava a minha espera...

E ela tinha em mãos... uma caixinha de cristal...

Matheus Santos Rodrigues Silva

S2*Para Priscila Leão Guimarães* S2

segunda-feira, 7 de março de 2011

Sabe....

Eu andei pensando... Sabe, você é realmente muito especial pra mim. É engraçado como somos juntos... É engraçado porque somos perfeitos assim... 

Sabe, eu tava lembrando de cada segundinho. Eu tava lembrando de como foi ver você na portaria e te abraçar... Olhar seu rosto foi como alcançar todos os propósitos de uma vida! Sentir seu abraço foi como vencer a própria morte! Sabe, eu fiquei me perguntando o que fazer com toda aquela sensação... Segurar tua mão. Sentir você perto... Só aumentava o que eu sentia... Eles dizem que o amor se conserva, mas eu não concordo. Eu acho que ele cresce. Fica cada vez maior a cada segundo quando se ama de verdade.
Sabe, a cada vez que eu te via indo naquele ônibus, meu coração se apertava e dizia: Não vai!
Sabe, eu fiz o que pude pra te ter perto... Era o que eu sentia! Era o que eu queria! É o que eu quero!
Cada instantezinho. Cada momento em que tenho você comigo, vale mais e mais! Meu coração bate diferente! Ele bombeia melhor o sangue! Ele nutre melhor o meu corpo. Mas não é só o meu corpo... Minha mente, minha alma... se tornam melhores junto de você... Isso é lindo, sabia?
Sabe, eu sou besta... e você também é! E eu amo ser besta com você!
Mas olha: A gente é exatamente como devia ser. É o mundo que tá errado!
E olha: Eu queria te dizer isso tudo olhando pros seus olhos! Eu já te disse que eles são lindos, né? Mas não dava pra segurar isso por muito tempo... Eu sei que eu já te disse muito disso, mas é que eu não canso de dizer...
Naquele sábado... Naquele sábado quando eu encontrei seus lábios de novo... Eu morri. Morri e voltei. Voltei melhor! 
E naqueles dias... estivemos em muitos lugares lindos, mas ele não seriam tão lindos se não estivéssemos juntos lá! Não seriam se não houvesse um: "Cuidado, casalzinho, uma barata!" ou um "Tocando com o amor do lado, tem coisa melhor?" ou "Volta tudo de novo!" ou um sol que se curva diante de nós...
Não seriam dias tão lindos se não houvessem diamantes me olhando a cada vez que eu olhava o seu rosto...
Sabe do que mais? Eu não posso te tocar daqui, mas você tem me dado dias muito lindos! Temos feito um trabalho bem bonito, não acha? São instantes muito bons os que eu passo com você! É tudo mais lindo!
Olha, dizem que eu não devia fazer isso não. Que eu tinha que fingir um pouco. Então, tudo que eu disse aí não é tudo isso não. É só um pedaço.(é pra você não ficar metida). Ah, quer saber? Que se danem!
Com você eu sinto que o mundo inteiro faz sentido. Mesmo que não faça o menor... Eu sinto que eu estou onde devia estar. Que sou o que devia ser. Eu sinto que somos quem somos e nada mais importa. 
Sabe, eu amo você! E eu quero muito que saiba disso! E eu quero te lembrar isso sempre! Eu quero que esse amor leve saúde, vida, força e tranquilidade pra você! 
Entre aquelas lágrimas só caíram saudades. Saudades já sentidas desde antes e continuas agora. Entre aquelas lágrimas transbordou amor. Um amor que se alimenta de vento, de tempo, de carinho. Um amor que cresce além do horizonte. Um amor que cresce além da distância que tenta separar nós dois. Dessa forma, eu encerro com uma frase de Shakespeare: "My bounty is as/boundless as the sea/my love as deep;/the more I give to thee,/the more I have,/for both are infinite."

Matheus Santos Rodrigues Silva

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Easily - Muse



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Easily

Let your inhibitions go
Make every touch electrical
When you’re feeling beautiful
Will you remember me?

I wanna touch you deep inside
And find the secrets that you hide
When your fears are cast aside
Will you remember me?

Easily forgotten love
Easily forgotten love
It’s not so easily

I just want to let you know
My mind refuses to let you go
I wanna hypnotise you
So you remember me

Easily forgotten love
Easily forgotten love
It’s not so easily

Easily forgotten love
Easily forgotten love
Easily the best I ever had
Easily the best I ever had...

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Para aquela que mira, mas não olha

De longe a mirar sem pressa,
via o sol se deitar preguiçoso
deixando-me com a promessa
de no outro dia estar lá de novo!

Sol se põe, se levanta;
E eu creio eu ti, sim eu creio!
Vejo-o em meu sonho e a alegria é tanta
que chega dá um receio...

É besteira, é bobagem!
Tenho em ti o meu sonho!
Tenho em ti a verdade
E um dia risonho!

Vejo então que me engano...
Não. Me engana você.
Não foi parte do plano?
Como faz pra esquecer?

Deu-me um tiro cruel...
Degradou minha história...
Entre abraços e beijos
revelou-se a escória

que vagueia no tempo
a roubar de uma mente
o melhor pensamento
do mais inocente...
Sem ressentimento...

Mentiu. Escondeu.
Prometeu. Me traiu...

Que tipo de homem é você?
É difícil, eu custo a crer...

Por que não só as idas e vindas?
É tão assim esse mundo...
Eu tinha lembranças lindas!
Uma certeza e um rumo!

Você matou a bobagem
que me fazia sorrir...
Que ato sem coragem...
Me privar de sentir...

Não bastava ir em bora?
Doeria tanto...
Sentiria medo,
desaguaria em pranto,
mas não sentiria agora
o amargo que deixa
o esquecimento de outrora.
Não teria nenhuma queixa,
só queria a história...

Não foi só apagar...
Foi cuspir, foi sujar...
Destruir e borrar
nosso livro de tempo...

Por que tanta maldade?
Por que ferir tanto?
Pensei que me amasse...
Não mensurei quanto...

Golpeaste a beleza...
A alegria, a candura...
E mostraste a vileza
pra me encher de amargura...

Maldição! Vá pro inferno!
Não concedo-lhe esse agrado!
Não te quero por perto!

É verdade, pois sim...
Todo amor é tortura...
Agora eu sei: é assim!
Uma doença sem cura!

Então me previno!
A recaída é mortal...
Fujo dela, a evito
com temor irreal!

Miro triste o horizonte...
Miro triste uma porta...
Uma janela ou uma ponte...
No fim, que importa?
Eu só miro adiante...

Machucas-te o meu peito...
Me fez duvidar...
Mas mesmo com teu mau jeito
não conseguiu destroçar
nem o meu sorrir...
Nem o meu mirar...

Olhe!

Matheus Santos Rodrigues Silva


*Dedicado a uma moça que mira, mas não olha* =]

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Gritos do berço

Ouçam todos os portos!
Escutem todos os mares!
Somos filhos de tempos inglórios,
tolos sem identidade!

Somos nós o futuro!
Somos nós a salvação!
Mais um tiro no escuro...
Uma nova negação...

Não!

Somos donos do mundo!
Da poesia e da prosa!
De um destino, de um rumo!
De uma idéia perigosa!

Matheus Santos Rodrigues Silva

sábado, 5 de fevereiro de 2011

O Amor

Nos sentamos para conversar
Eu, mudo, de um lado da mesa
Você do outro lado do mundo
E era possível ver o seu sorriso
Dizendo entre dentes “sou tua!”
Mas sem coragem pra ser nada
Menina que se envergonha nua

Era a beleza que contava por ali
Cavalo que só se olha os dentes
Que limpos valem muito, menos!
Se é cavalo dado por vil presente
Bicho que só presta a roer o feno
E eu queria era cavalgar... Longe!
Ser filho do medo do teu ventre

Pois soube o meu lugar. Assim,
De repente. Só de ver não ser, ah!
O teu orgasmo o meu na tua boca
Abrasar no abraço de tantas pernas
Queria mesmo era dali avistar, ah!
Que beleza é o amor de dois ódios
Olhos prontos pra se devorarem

E me perdia nos teus. De novo, paz
Bela e frágil farsa que teme, mais!
Chegar ao pódio da nossa corrida
Você à frente vestida de conquista
Fingindo ser triste puta, mas fiel
E eu já tinha me cansado, mesmo
Antes do começo de ti te esqueço

Ah, liberdade! Para a solidão, é!
Liberdade para o nenhum lugar
Liberdade para só a solidão, até!
Aparecerem olhos verdes, azuis
Mais a carne vermelha, a pele, fé!
No amor que o amor é bom, sim
Não! Amor é burro, burro! E fim

Novo começo! Outro lugar, novo
Outro par de olhos, par de seios
Outro par, de mulheres, anseios
Outros e novos, mas mesmos.
A solução é não começar! Não!
A solução é não terminar. Não?
A solução... Para qual problema?

Ama o outro, ama a alma, ama!
Ama o corpo, a cama, ama, ama!
Mas ama... Quanto puder, quiser
Ama o homem, a mulher! Em ti
Ama! O amor que se ama por si
Por ser amor, por ser por todos
Por ser por quem te deixa doido


Eduardo Maskell
04/02/2011


*Quero agradecer ao meu amigo Eduardo Maskell pela belíssima poesia que fez e que diz tanto sobre mim e por mim. Valeu, cara! Você é o único poeta vivo que consegue falar por mim além de mim.*

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

" "

É triste. É triste? É nada...
É bom, feliz? É nada...
Até pergunto se é isso: nada.
Mas não é. Não foi nem digno de uma poesia...
Nada.

Matheus Santos Rodrigues Silva

quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Quimera

Todos sob a mira dos fuzis.
Preparar, apontar, fogo!
Três palavras vis
a transpassar-lhes o corpo.

Surgem então mais armas
mais fogo, mais pólvora;
todos em guardda
cavando a própria cova...

É lançado o punhal
ele voa sem jeito
e acerta no peito
o representante real...

Inimigo caído...
Sangrando a fronte...
Mas não foi vencido...
Olhe o rosto do Conde!

Que rosto? Não há!
Apenas um alvi-rubro retalho;
um semblante sem alma a habitar...
quase um espantalho!

Firme. Altivo e esguio.
Segurando em seus braços o berço,
não de um nascimento, mas de um tropeço
um quase nascer que não se cumpriu...

Ela estava lá... imóvel...
Uma pedra alva de cachos frondosos...
Um aspecto marmóreo...
Com cabelos vistosos...

Sem rosto... era um anjo...
dourada máscara que encobria aquela face...
que beleza opressora... inevitável enlance...
Era o mais belo arranjo

Que deus criara!
Que beleza rara!
única no mundo!
Eu só a vi por um segundo

e me cativara...
e me corrompera...
me impressionara...
me comprometera...

O Conde baixou-a ao chão.
Nível repugnante para divina beleza...
Ou será que não?
Seria aquele seu nível, em certeza?

Olhei novamente...
Aquela face atraente...
Não de mulher...
mas de uma qualquer...

...quimera...

Matheus Santos Rodrigues Silva

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Daughters - John Mayer



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I know a girl

She puts the color inside of my world
But she's just like a maze
Where all of the walls all continually change
And I've done all I can
To stand on the steps with my heart in my hands
Now I'm starting to see
Maybe it's got nothing to do with me


Fathers be good to your daughters,
Daughters will love like you do,
Girls become lovers who turn into mothers
So mothers be good to your daughters too


Oh, you see that skin?
It's the same shes been standing in
Since the day she saw him walking away
Now shes left
Cleaning up the mess he made


So fathers be good to your daughters,
Daughters will love like you do, yeah
Girls become lovers who turn into mothers
So mothers be good to your daughters too


Boys you can break
You'll find out how much they can take
Boys will be strong and
Boys soldier on
But boys would be gone
Without warmth from
A woman's good, good heart


On behalf of every man
Looking out for every girl
You are the god and the weight of her world


So fathers be good to your daughters,
Daughters will love like you do, yeah
Girls become lovers who turn into mothers
So mothers be good to your daughters too

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Rosa

Sabe da rosa? Aquela flor que tomou em mãos e arrancou pétala por pétala?
Você foi puxando uma por uma e soltando-as no vento...
Você não perguntava nada a rosa, não fazia nenhum daqueles questionamentos de filmes do tipo: Bem me quer, mal me quer?
Você só puxava as pétalas e as lançava no ar... Talvez por que eu te chamasse de rosa, ou talvez alguma outra pessoa o fizesse. Talvez quisesse se destruir. Pedaço pro pedaço, mas como não podia, fez isso com a rosa. Ah, a rosa... Por que com a rosa?
Sabe, a cada pétala que você arrancava, um pouquinho do aroma daquela flor se impregnava em você e um pouquinho do seu se impregnava naquela flor.
No fim, não era a rosa que estava dançando ao sabor do vento, era você...
Talvez seja por isso que eu senti aquele cheiro... Talvez seja esse o motivo pra eu ter ficado triste e pensado tanto naquele dia...
Sabe, eu saí da minha varanda. É, eu tava na minha varanda quando senti o seu cheiro, o da rosa que o diga... Eu andei, andei, andei... E agora eu tô aqui na sua frente. Mas olha, eu tô com as mãos fechadas, mas não porque não quero te abraçar ou apertar a sua mão... não é isso. Na verdade eu quero muito fazer isso. Mas é que eu não encontrei nenhum saco nem nenhuma caixa enquanto eu andava, então tive de juntar tudo nas mãos. Aqui estão: Todas as trinta pétalas que você arrancou da rosa. Ah, ainda restam duas nela... Mas seria legal de sua parte se não as arrancasse... minha mão já tá muito cheia... se eu tivesse que pegar mais duas, talvez deixasse todas as outras voarem... seria um trabalhão pegar todas de novo... Mas... enfim... Aqui estão.

Matheus Santos Rodrigues Silva

sábado, 22 de janeiro de 2011

O homem da cabeça de papelão



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sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Fingir

Fingir é um ato bem comum entre os seres humanos. Principalmente os de hoje. Nós fingimos muito. Acho que já tornamos isso um hábito. Mas as pessoas não fingem igual.
Algumas pessoas fingem que estão com problemas, numa situação difícil, que estão mal. Talvez pra conseguir atenção, talvez pra conseguir favores ou se livrar de responsabilidades. Ou talvez pra que simplesmente sintam pena. Outras pessoas fingem que estão bem. Pra não cair em fraqueza ou não incomodar as outras pessoas. Ou talvez pra que possam seguir. As vezes as pessoas precisam fingir que estão bem pra não ficarem pior. Outras pessoas fingem que não têm algo que têm, pra poder depois lembrar do fato de terem e ficarem felizes com isso.  Outras pessoas fingem que têm algo que não têm, porque deve ser um algo muito importante pra elas. Outras pessoas fingem que se importam, outras que não. As primeiras por prudência, as últimas também. Outras pessoas fingem que são algo que na verdade não são. As vezes pra tornar as coisas mais fáceis, as vezes porque é estritamente necessário, as vezes pela já citada prudência e as vezes por interesse em algum ganho.


As pessoas dizem que eu deveria fingir mais. Que eu sou muito eu. Que eu preciso aprender novas formas de esconder, de enganar, iludir, mentir. Me dizem que é necessário pra se viver nesse "mundo cão". Mas é verdade que existem algumas outras pessoas que me disseram o contrário, mas aí eu descubro que elas estavam fingindo. Talvez por diversão, talvez pra tentar manter a minha crença de que não é preciso fingir. Talvez porque elas precisem acreditar nisso, mesmo que não o façam. As vezes as pessoas precisam que outras pessoas façam certas coisas que elas não fazem pra poder acreditar que há outro caminho, mesmo que elas não o sigam, mas ele está lá.


Eu aprendi essa história de fingir. Não com a perícia que queria ou deveria querer, mas aprendi. O fingimento tem várias faces, sabe? As vezes ele te eleva. Você se sente melhor fingindo. Você sente que está avançando, que está aprendendo, que está se protegendo. As vezes é um troço monótono. Porque tem gente tão acostumada com o fingir, que por menos eficiente que ele seja, elas acreditam. É triste jogar um véu fino sobre a verdade na esperança que alguém simplesmente o retire e ver que ninguém faz isso. Eu não sei exatamente porque, mas desconfio que tenha algo haver com medos, insegurança e até falta de interesse mesmo. É, agente tem medo a verdade. Certa vez, me disseram que a verdade era uma bela mulher nua do outro lado do rio, que quer chegar à margem de cá, mas que ninguém tem coragem de atravessá-la em seu barco por medo das consequências de serem vistos com uma mulher completamente nua numa travessia dessas. Eu confesso que nunca entendi isso muito bem. Afinal, ir buscar uma mulher pelada do outro lado de um rio deveria ser uma tarefa tentadora, principalmente pra nós homens, mas, enfim...
Voltando as faces do fingimento, ele as vezes pode ser bastante doloroso. Tanto pra pessoa que finge quanto pra quem vê o fingimento(as pessoas normalmente se revezam nesses papéis, ou atuam em conjunto). Aquele que vê o fingimento se sente ou traído ou desvalorizado ou que o outro não confia o suficiente nele. O que finge, não é sempre, mas pode se sentir ferido por não ter segurança o suficiente para não fingir. Ou por ser forçado a fingir. É, as vezes você é forçado a fingir, dissimular, esconder um pouco as coisas. Me dizem que sem isso as coisas perdem a graça, mas é realmente doloroso fingir que se sente o que não se sente ou o contrário.


Eu não acho que o fingimento torne as coisas melhores, mas ao que parece sou voto vencido. Não consigo entender como pode ser bom o estado de desconfiança completa pra o qual nosso mundo caminha. As pessoas nunca têm a certeza de nada. Nem mesmo aquela que brota do peito e não da mente. Existe sempre a dúvida se aquele ao seu lado é o que você acha que ele é. Sempre existe a dúvida se os acontecimentos da sua vida são reais ou puro fingimento(porque os acontecimentos das nossas vidas se constroem através de nós e dos nossos relacionamentos).


Esse fingimento e essa incerteza não são coisas recentes, eles vêm de muito tempo. Acho que foi inspirado nisso que Augusto dos Anjos escreveu o poema Versos íntimos e disse:


"Vês! Ninguém assistiu ao formidável
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!


Acostuma-te à lama que te espera!
O Homem, que, nesta terra miserável,
Mora, entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera.


Toma um fósforo. Acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro,
A mão que afaga é a mesma que apedreja.


Se a alguém causa inda pena a tua chaga,
Apedreja essa mão vil que te afaga,
Escarra nessa boca que te beija!"


Isso tem se intensificado tanto que hoje em dia as pessoas não desconfiam só do fingimento do outro, mas até do próprio. As vezes elas passam tanto tempo no fingir, que o que são se perde. Torna-se algo que elas nem se lembram mais. Torna-se um grande buraco vazio. 


Se você que me lê não acha que estamos vivendo num mundo assim, pare e faça uma simples pergunta: Será que eu(eu que te escrevo) não passei este texto inteiro fingindo?


Matheus Santos Rodrigues Silva





quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Aquário

Que se encerre toda a poesia!
Que se cale toda a boca vazia
que vomite os meus versos!

Calados! Não lhes dou direito sobre o meu sentir!
Não lhes dou poder algum sobre mim!
Ouçam, pois não vou repetir!
Este marco aqui é um fim!

Não aceito mais promessas;
não aceito divisões
chega de conversas
inúteis, vazias e vãs...

Eu quero ver!
Quero tocar!
Quero saber!
Quero amar!

Também quero deixar...
Não me importar...
Não me acuse de abandono,
eu sou um alguém sem dono!

O que importar eu mostro!
O que eu sentir eu vivo!
Se gosto ou não gosto...
é questão sem sentido!

Não precisas saber de nada;
basta que aceite,
mas se não te agrada
levanta-te e sai, não se deite

na cama de um homem com um plano pronto!
Sinta. Só isso. Já basta!
Depois durma o teu sono,
ou será a tua alma tão casta?

Sou mais do que vê!
Mas que importa?
Se não quer me conhecer,
na saída bata a porta!

Venha e vá. 
Vá e venha.
Aqui, maldade não há!
É só o resultado de fogo e lenha!

E nós vamos queimar!
Até as cinzas!
Tocar fogo no mar!
Olha as luzes! Tão lindas!

Você não me conhece.
Nem mesmo um pouco...
O que sentia, aquela peste...
...jaz morto!

Eu renasço da cinza vadia!
Do suco dos mares da alegria!
Do fundo de meus próprios versos!

Matheus Santos Rodrigues Silva

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Rosenrot - Rammstein



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Sah ein Mädchen ein Röslein stehen
Blühte dort in lichten Hönen
So sprach sie ihren Liebsten an
Ob er es ihr steigen kann
Sie will es und so ist es fein
So war es und so wird es immer sein
Sie will es und so ist es Brauch
Was sir will bekommt sie auch
Tiefe Brunnen muß man graben
Wenn man klares Wasser will
Rosenrot oh Rosenrot
Tiefe Wasser sind nicht still
Der Jüngling steigh den Berg mit Qual
Die Aussicht ist ihm sehr egal
Hat das Röslein nur im Sinn
Bringt es seiner Liebsten hin
Sie will es und so ist es fein
So war es und so wird es immer sein
Sie will es und so ist es Brauch
Was sie will bekommt sie auch
Tiefe Brunnen muß man graben
Wenn man klares Wasser will
Rosenrot oh Rosenrot
Tiefe Wasser sind nicht still
An seinen Stiefeln bricht ein Stein
Will nicht mehr am Fälsen Sein
Und ein Schrei tut jedem kund
Beide fallen in den Grund
Sie will es und so ist es fein
So war es und so wird es immer sein
Sie will es und so ist es Brauch
Was sie will bekommt sie auch
Tiefe Brunnen muß man graben
Wenn man klares Wasser will
Rosenrot oh Rosenrot
Tiefe Wasser sind nicht still

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A sombra de uma escolha X

Ato 04:

Cena 01:

*Prisco em seu quarto. Deitado. Do lado esquerdo do palco. Regina em seu quarto. Deitada. Do lado direito do palco. Luz sobre os dois.*

(Prisco) – Eu só quero estar ao seu lado...
(Prisco) – Eu só quero poder ficar te olhando se arrumar pra sair...
(Prisco) – Só quero poder ficar te olhando sorrir irônicamente...
(Regina) – Eu não peço demais...
(Regina) – Só quero poder ser sua...
(Regina) – Só quero poder fazer parte de você... como você faz de mim...
(Prisco) – Quero sair todos os dias pra te ver naquela praça...
(Regina) – Quero voltar pra casa caminhando com você... sempre...
(Prisco) – Quero ir a sua casa, conhecer seus pais... morrendo de medo de o velho não gostar de mim, mas procurando sempre agradar a sua mãe...
(Regina) -  Quero poder sair de casa as 8. Te esperar chegar na porta... começar a me irritar com tanta demora e depois me sentir aliviada ao te ver...
(Prisco) – Queria poder me deitar com você e esperar o tempo passar...
(Regina) - ... E rezar pra que ele passasse bem devagar...
(Regina) – Queria te ver saindo do banho...
(Prisco) - ... Ver você se olhando no espelho e fazendo caretas por se achar gorda...
(Regina) - ... Reclamando dos meus tapetes... dizendo que ainda vai tropeçar neles... dizendo que não servem pra nada...
(Prisco) – Quero poder te ver dormir...
(Regina) – Ver como meche a boca pela manhã... todos os dias, antes de acordar.
(Regina)- Quero te ver sorrindo...
(Prisco) – E te imaginar sorrindo enquanto caminho... ficando feliz só por isso... só por saber que vocè está sorrindo!
(Prisco) – Quero poder ouvir a sua voz...
(Regina) - ...Enquanto reclama das dificuldades e enquanto me recita uma poesia...
(Prisco) – Quero poder acordar, todas as noites, sentindo um certo incomodo pelo pouco espaço na cama...
(Regina) – ... Abrir os olhos e ver que é por que você está lá!
(Prisco) – Quero sentir o gosto de sua pele... logo depois que volta de um dia difícil...
(Regina) – Poder beijar todo o seu rosto, mesmo quando diga que não quer, só pra que dê aquele sorriso envergonhado e se faça de difícil...
(Prisco) – Quero ver os seus olhos... toda vez que eu me olhar no espelho e te ver olhando também...
(Regina) – Quero poder apertar a sua mão... bem forte! Quando você se sentir fraco...
(Prisco) – Quero estar lá quando as suas lágrimas caírem... Mesmo que não possa fazê-las parar...
(Regina) – Quero estar lá pra enxugá-las.
(Prisco) – Quero ser o seu travesseiro. Quero que se deite no meu peito... vou reclamar e dizer: De novo? Mas vou estar secretamente adorando tê-la ali...
(Regina) – Quero brigar com você! Discordar de tudo que você diz! Só pra você pensar de novo e de novo... por que eu sei que vai, e que com isso vai aperfeiçoar o que pensa... mesmo que não nos falemos por um dia...
(Prisco) – Quero ser o alvo da sua raiva. Quero que todos os problemas que você tem tenham de recair sobre mim... significa que no meio de tanto caos você me vê...
(Regina) – Quero sentir a sua mão gelada nas minhas costas... Quero que me incomode com ela em todas as noites frias...

(Prisco) – Você tem um significado lindo pra mim... É a única coisa em todo o mundo que me mantém preso por vontade...
(Prisco) – Você é a única razão por trás do meu sorriso...
(Regina) – Você é o único que não me deixa falar... e que eu deixo que não deixe...
(Regina) – Você é a única razão pra eu ignorar meus afazeres, e também a única para eu fazê-los...
(Prisco) – Você conseguiu significar tanto em tão pouco tempo...
(Regina) – Você conseguiu brotar em meio ao nada...
(Prisco) – Foi pouco...
(Regina) – Quase nada...
(Prisco) – É tamanho o que pode ser...
(Regina) – Tão grande...
(Prisco) – É tão fácil de acontecer que...
(Regina) - ... Que eu não consigo acreditar que possa realmente ocorrer...
(Prisco) – Você é a prova mais clara da minha fraqueza...
(Regina) - ... O sinal mais evidente de que eu não sou nada...
(Prisco) – Você é a única coisa que me faria parar...
(Regina) – E a única que me faz continuar.
(Prisco) – As vezes sonho com você.
(Regina) – As vezes não.
(Prisco) – Sempre acordo e vejo tudo na minha vida e...
(Regina) – Você sempre está lá...
(Prisco) – Não importa a maneira você...
(Regina) – Sempre está lá...

(Prisco) – Como pode pensar que eu quero ir embora?
(Prisco) – Como pode achar que eu quero te deixar aqui?!
(Prisco) – Eu te odeio tanto por isso! Tanto!
(Regina) – Como pode achar que eu te quero longe?
(Regina) – Como pode achar que eu não te esperaria?
(Regina) – Como pode achar que é melhor pra mim?! Você não sabe o que é melhor pra mim!
(Prisco) – Como pode ser tão teimosa?
(Prisco) – Eu só quero que seja feliz! Eu nunca fui tão cuidadoso com ninguém!
(Regina) – Como acha que eu me sinto?...
(Regina) – Eu nunca pense que faria isso... algo tão idiota!
(Regina) – Esperar você, eu disse... é tão demente, mas... eu não consigo evitar...
(Prisco) – Se você apenas me pedisse pra ficar... eu ficaria...
(Regina) – Se você quisesse... eu iria com você! Eu largava tudo!
(Regina) – Você tem um sonho... você está realizando este sonho...
(Prisco) – Você tem uma vida... e eu só entrei nela pra bagunçá-la...
(Regina) – Não posso te pedir que escolha entre mim e o seu sonho...
(Prisco) – Não posso pedir que abandone a sua vida por minha causa...
(Regina) – Tudo que eu disse...
(Prisco) – Tudo que eu fiz...
(Prisco e Regina) – Foi só pra não te machucar!...

(Prisco) – Seus olhos...
(Regina) – Seus lábios...
(Prisco) – Tudo me embriaga tanto...
(Regina) – É tão difícil de resistir...
(Prisco) – Boba!
(Regina) – Idiota!
(Prisco e Regina) – Não consegue ver?
(Regina) – Enquanto as estrelas piscam e o tempo se arrasta a única coisa que eu quero é você!...
(Prisco) – Você...
(Prisco) – O que eu quero? Do que eu preciso? Eu me pergunto, e é...
(Regina) - ... Você!
(Prisco) – Se você apenas percebesse...
(Regina) – ...Por um segundo, rapidamente...
(Prisco e Regina) - ...Que eu, simplesmente, amo você...
(Regina) – Você não questionaria...
(Prisco) – Você não desconfiaria...
(Regina) – Você não me evitaria...
(Prisco) – Você simplesmente enxergaria...
(Prisco e Regina) – Que eu faço tudo... por você!

(Prisco) – Eu vou fazer isso por que...
(Regina) – Eu vou fazer isso por que...
(Prisco) - ... Maior que minha vida...
(Regina) - ...É este amor...
(Prisco e Regina) – Eu apenas... amo você...

Matheus Santos Rodrigues Silva