segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Rosa

Sabe da rosa? Aquela flor que tomou em mãos e arrancou pétala por pétala?
Você foi puxando uma por uma e soltando-as no vento...
Você não perguntava nada a rosa, não fazia nenhum daqueles questionamentos de filmes do tipo: Bem me quer, mal me quer?
Você só puxava as pétalas e as lançava no ar... Talvez por que eu te chamasse de rosa, ou talvez alguma outra pessoa o fizesse. Talvez quisesse se destruir. Pedaço pro pedaço, mas como não podia, fez isso com a rosa. Ah, a rosa... Por que com a rosa?
Sabe, a cada pétala que você arrancava, um pouquinho do aroma daquela flor se impregnava em você e um pouquinho do seu se impregnava naquela flor.
No fim, não era a rosa que estava dançando ao sabor do vento, era você...
Talvez seja por isso que eu senti aquele cheiro... Talvez seja esse o motivo pra eu ter ficado triste e pensado tanto naquele dia...
Sabe, eu saí da minha varanda. É, eu tava na minha varanda quando senti o seu cheiro, o da rosa que o diga... Eu andei, andei, andei... E agora eu tô aqui na sua frente. Mas olha, eu tô com as mãos fechadas, mas não porque não quero te abraçar ou apertar a sua mão... não é isso. Na verdade eu quero muito fazer isso. Mas é que eu não encontrei nenhum saco nem nenhuma caixa enquanto eu andava, então tive de juntar tudo nas mãos. Aqui estão: Todas as trinta pétalas que você arrancou da rosa. Ah, ainda restam duas nela... Mas seria legal de sua parte se não as arrancasse... minha mão já tá muito cheia... se eu tivesse que pegar mais duas, talvez deixasse todas as outras voarem... seria um trabalhão pegar todas de novo... Mas... enfim... Aqui estão.

Matheus Santos Rodrigues Silva

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