domingo, 16 de janeiro de 2011

Habeas corpus

O que eu sinto é ultrapassado... 
Na verdade, você nem merece... 
É um misto de dor e agrado 
por um rosto que não se esquece...


Vivemos numa ilusão?! 
Tanto ardor, tanta paixão?! 
Tantas lágrimas... foi tão difícil... 
Meu deus, você é um vício...


Eu não quero mais você... 
eu não quero mais te olhar... 
mas ainda a desejo tanto... 
que o querer só faz voltar...


Trancaste a porta que eu te abria...
E abriste a do calabouço 
do qual a chave jogamo fora... 
joguei eu, na verdade; guardaste uma cópia no bolso...


Mesmo em presença do mar 
tendo o sol por testemunha... 
Vendo atrás de si o luar... 
ouvindo a lira que eu compunha...


Teve dúvidas do que... 
Teve dúvida porque? 
E me pedia sinceridade... 
meu amor, que maldade...


Hoje, sou eu quem duvida 
que algum passo nessa vida 
possa ser dado em certeza...


Só estou certo da beleza 
do que eu sinto e que senti... 
do que falei... do que menti...


Não me entristece a lembrança, 
do que me falou a beira mar 
parecia uma criança... contente só por brincar...


Naquele dia acertou... 
acertou minha amada... 
o tempo passou 
e eu sinto a tua falta...


Mas saiba, meu amor: 
Há pressa no que eu sou! 
Saiba: O tempo corre! 
E é certeza plena de que o amor morre!


Matheus Santos Rodrigues Silva

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