O que eu sinto é ultrapassado...
Na verdade, você nem merece...
É um misto de dor e agrado
por um rosto que não se esquece...
Vivemos numa ilusão?!
Tanto ardor, tanta paixão?!
Tantas lágrimas... foi tão difícil...
Meu deus, você é um vício...
Eu não quero mais você...
eu não quero mais te olhar...
mas ainda a desejo tanto...
que o querer só faz voltar...
Trancaste a porta que eu te abria...
E abriste a do calabouço
do qual a chave jogamo fora...
joguei eu, na verdade; guardaste uma cópia no bolso...
Mesmo em presença do mar
tendo o sol por testemunha...
Vendo atrás de si o luar...
ouvindo a lira que eu compunha...
Teve dúvidas do que...
Teve dúvida porque?
E me pedia sinceridade...
meu amor, que maldade...
Hoje, sou eu quem duvida
que algum passo nessa vida
possa ser dado em certeza...
Só estou certo da beleza
do que eu sinto e que senti...
do que falei... do que menti...
Não me entristece a lembrança,
do que me falou a beira mar
parecia uma criança... contente só por brincar...
Naquele dia acertou...
acertou minha amada...
o tempo passou
e eu sinto a tua falta...
Mas saiba, meu amor:
Há pressa no que eu sou!
Saiba: O tempo corre!
E é certeza plena de que o amor morre!
Matheus Santos Rodrigues Silva
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