quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Aquário

Que se encerre toda a poesia!
Que se cale toda a boca vazia
que vomite os meus versos!

Calados! Não lhes dou direito sobre o meu sentir!
Não lhes dou poder algum sobre mim!
Ouçam, pois não vou repetir!
Este marco aqui é um fim!

Não aceito mais promessas;
não aceito divisões
chega de conversas
inúteis, vazias e vãs...

Eu quero ver!
Quero tocar!
Quero saber!
Quero amar!

Também quero deixar...
Não me importar...
Não me acuse de abandono,
eu sou um alguém sem dono!

O que importar eu mostro!
O que eu sentir eu vivo!
Se gosto ou não gosto...
é questão sem sentido!

Não precisas saber de nada;
basta que aceite,
mas se não te agrada
levanta-te e sai, não se deite

na cama de um homem com um plano pronto!
Sinta. Só isso. Já basta!
Depois durma o teu sono,
ou será a tua alma tão casta?

Sou mais do que vê!
Mas que importa?
Se não quer me conhecer,
na saída bata a porta!

Venha e vá. 
Vá e venha.
Aqui, maldade não há!
É só o resultado de fogo e lenha!

E nós vamos queimar!
Até as cinzas!
Tocar fogo no mar!
Olha as luzes! Tão lindas!

Você não me conhece.
Nem mesmo um pouco...
O que sentia, aquela peste...
...jaz morto!

Eu renasço da cinza vadia!
Do suco dos mares da alegria!
Do fundo de meus próprios versos!

Matheus Santos Rodrigues Silva

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