quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Marinheiro

Sombra etérea...
Vaga amarga de um mar antigo...
Apagou-se mais uma quimera...
Abatido fui por fogo amigo...

Alma... Reduto final de minha crença...
Não se inquiete mais.
A verdade pura já lhe satisfaz...
O devaneio puro é algo que não compensa...

Navegar... Errante nesse mar de mundo!
Procurando, meu deus, por um rumo,
mas nunca por amar...

Ah, mar... Já te perguntei sobre quantos amares
eu lançaria de meu canto pelos ares
e tão ligeiro foi que descobri...

Navega-se por ouro...
Navega-se por glória...
Não por amor...

Do mar se faz choro...
Do mar se faz história...
E se colhe dor...

No mar não se tem certeza do amanhã.
Só se conhece o hoje.
Qualquer quimera futura é vã...
Qualquer cultura é podre...

Ah, mar...
Agora me lanças um desafio...
Pois hoje não mais confio...
Nisso que se diz amar...

Matheus Santos Rodrigues Silva

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