terça-feira, 20 de abril de 2010

Tema- Existencialismo

Somos  uma determinação não dada.
Somos responsáveis por nossos atos, nossas escolhas e nosso passado.
A existência vem antes da essência. A existência se impõe a nós e por ter consciência de que existimos, buscamos um significado para ela. Somos livres. Somos obrigados a ser livres.
São algumas das idéias existencialistas. Concordo profundamente com elas.
Ainda vou escrever algumas coisas sobre o existencialismo, mas agora queria apenas fazer uma crítica a uma de suas “pregações”: O existencialismo diz que podemos mudar a nossa essência a qualquer momento. Eu discordo dessa parte.
Se a nossa essência se constrói com a nossa vida, e o passado, aquilo que fomos, tem uma essência definida, significa que nós também a temos, pois temos um passado.
Nossa essência pode até ir se formando com o passar dos tempos, mas a cada dia ela fica mais firme. A cada dia temos um passado maior, portanto uma essência maior.
Não acredito que a nossa essência seja simplesmente formada durante a nossa vida. Acredito em algo prévio a isso, que pode ou não ser desenvolvido. Não vou entrar no mérito ciência X religião disso, não agora.
Existe algo em nós. Algo maleável, mas que possui uma certa rigidez. Pode ser moldado até um certo ponto. Isso se mostrou no próprio Sartre. Ele tentou se tornar mais “engajado” politicamente, mas nunca obteve o êxito que pretendia. Nessas tentativas de ser soldado, ele foi escritor. Eu acredito que seja assim. Existe uma força inicial que pode ser usada ou não. Existia nele, e ela foi usada. Conforme viveu sua vida, Sartre moldou sua essência. Seu passado só foi confirmando a essência inicial e a aumentando. E disso ele não pôde fugir. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário