quinta-feira, 2 de setembro de 2010

O inverno I

Sopro doce que me congela a alma;
Furor macio de um penar gostoso;
Eu sinto o frio passar pelo meu rosto
ele vem leve e leva e a mim acalma

Dor, vento, escuridão!
Vestes difusas de um querer estúpido!
Mágoa, sangue em meu coração;
esse veneno doce, esse penar profundo...

Frio! Tiritante golpe em minha fronte;
Anestesia leve de meu sentir necrosado;
Leva do meu peito esse pálido semblante
que o meu querer insiste em ser lembrado...

Morto! Por fim de frio e fome ele morreu
lutou, lutou... em vão... e pereceu...
Acabou-se a luta e o luto se instaurou...
Acabou-se amigo... simplesmente acabou...

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