domingo, 6 de junho de 2010

Peso morto

Evoco as forças que não me esquecem
a malograr um inimigo intento;
não sabem eles com quem lidam e apodrecem
a vociferar inutilidades ao vento...

Imbecis vos digo, pois assim vos penso.
Assim vos vejo e nada vai mudar;
vos considero mortos a rastejar,
pela podridão do próprio desalento.

Escárnio vil de um infeliz passado...
Restos solenes de uma cultura morta;
sois do que lembro o que menos importa;
gentalha imunda a se deixar de lado.

O que sois senão uma lembrança amarga?
Chagas estúpidas de um tropeçar qualquer.
O que sois senão uma simples praga?
Não sois nada do que podem ser...

Não passam de vermes a consumir carniça;
semblantes de maldizer e cobiça;
não passam de mortalhas vis...
Corpos jovens com almas senis...

São figuras sem significado...
Apenas fantasmas vivos...
...ecos do passado...

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