sexta-feira, 16 de julho de 2010

Coincidências


Era uma vez o tempo...
O cordial som de um ponteiro cego...
Percorrendo as voltas do firmamento,
firme e sempre... sempre e velho...

Nas voltas do ponteiro um anjo é chamado:
"proteja a rosa vermelha" eles disseram,
"proteja a rosa vermelha! Proteja!"

E o anjo veio e a rosa olhou...
olhou de novo e não acreditou...
Aceita estava a ordem recebida,
morria o arcanjo pra tornar-se vida.

E desceu o anjo e um acidente...
Caiu assim, tão de repente...
Confuso ficou depois da queda,
deixando a missão não mais tão certa...

E o tempo passou e o anjo cresceu,
e a rosa vermelha então floresceu,
a rosa primeiro e o anjo depois,
na conquista se acharam marcados os dois...

E o anjo queria, mas não encontrou...
E a rosa sumia e o tempo passava,
e o anjo esperava o que nunca esperou...

O anjo primeiro, a rosa depois,
o anjo falou, a rosa atendeu...
E o nome ficou... ele não morreu!
Impressionante fato ao anjo isso foi!

Seguidos de novo que se encontraram,
e então falaram e então ouviram...
e então calaram e então sentiram...

E o anjo viu... e o anjo viu...
Mas não sabia... o que fazer?
Mas quem diria! Somente a rosa pôde dizer!

Ela disse! Ela falou!
O anjo ouviu e se encantou...
Como é bela a voz da rosa!

Protetor desde a criação;
Assim foi feito o filho de adão;
Um pequeno príncipe a cuidar de uma rosa...
uma rosa bela, uma rosa rosa!

Versos feios de um poeta louco...
ou talvez de um anjo, me importaria pouco,
mas não com a rosa...

Uma rosa-sol...
...

Matheus Santos Rodrigues Silva

Um comentário:

  1. Que lindo. Gostei da idéia de anjos protegerem rosas. Seria esta a função do poeta?
    ^^

    ResponderExcluir