domingo, 23 de maio de 2010

Duas voltas e um abraço


Sem controle. eu avisei.
Explodindo tudo ao meu redor,
sem medo, sem ódio, sem dó.
Derramo o meu sangue? Eu sei!

Volta, volta, corre, vai!
Mundo, gira, gira e cai!
Tempo. Não. Espera. Não.

Dor. Veio. Condenado.
O que eu fiz? O que te fiz?
Por que me envia ao desagrado?
Por que me faz tão desgraçado? Um infeliz!

Por que me tortura?
Enfia teu punhal e o puxa!
Quer matar-me e não quer que eu fuja?
Quer ser veneno e quer ser a cura?

O que quer de mim?
Abandonei tudo pela chance de não te machucar.
Por que me fere? O que quer? Se vingar?
De que? Por que age assim?

Não me aceita assim, então quer que eu me vá?
Por que busca por mim? Só precisa  calar!
Se quer que eu a deixe, me deixe sozinho.
Se cubra e se feche, esqueça o carinho!

Tentei te poupar de culpa e de dor.
Pois culpados não há, nem o som nem a cor.

Eu te perguntei se irias sumir,
te falei em mudar, te falei e te ouvi!

Se não quer, não te culpo se não aceita.
Mas não entendo o porquê desta inútil feita.

Pediu-me a visão que não queria que eu visse,
eu a dei! E então? O que disse? O que disse?

Tentei poupar-te e me ataca?
Tentei evitar-te a dor e me odeia?
Segurei meu sentido, cortei minha veia!
Quer o tiro final? Estou livre! Me mata!

Sou soldado,sou  cruzado!
Firme e forte marinheiro!
Fito as mágoas com pesar! Fito as mágoas do mundo inteiro!

Navego, navego... firme por esses mares!
Se quiser, me peça, e eu mando tudo pelos ares!

Matheus Santos Rodrigues Silva

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