domingo, 23 de maio de 2010

Poesia dos pobres

O que sinto nem sempre pode sair
combinado no mais belo falar;
nem sempre é possível esse existir,
charmoso e alegre sobre o mar.

É difícil o ato da escrita,
mais ainda se tem talento;
a palavra tem que ser bonita
e nunca um borrão se derretendo!

Mas se o que sinto é um borrão;
se derreto, o que fazer?
Versos de pobre? Não!
Não te concedo este poder!

Mas pobre eu sou, um desgraçado;
como verter algum valor?
Tirar de senso tão humilhado,
verso formoso que venha a se impor?

Por isso escrevo este parnaso;
dedicado totalmente aos pobres.
é só outra coisa que faço,
nem das mais belas, nem das mais nobres.

Matheus Santos Rodrigues Silva

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