quarta-feira, 24 de março de 2010

Primogênito

Tentei te orgulhar... eu juro que sim...
Mas tanto tentar, não vale nada no fim...

Não sou o que esperava, não sou quem queria,
Te dou minha palavra, se pudesse, eu não seria...

Não sou atacante, lateral nem zagueiro,
de todas as posições, me destaquei como goleiro.
Não sou pessimista, nem aceito imposição.
Não sou fatalista, nem me contendo com um não.
Não aceito o que me fala, argumento como posso,
desdenha as minhas fontes, com a sabedoria do seu ócio.
Se estou certo, isso é errado...
Erro de deus ou da ciência!
Se sou contra o que diz, eu falo
Você diz: Meu deus! Quanta demência!

Não sou retroativo, nem um homem de princípios,
saberei quando tiver meus filhos! É naturall, instintivo...

Eu sou causa de dor, uma ofensa a sua palavra...
Sou um homem sem pudor, sem coragem... sem nada...

Mesmo que carregue em mim a dor, pra não te fazer sofrer...
Não vê isso com muito amor... é só um plano pra te entreter...

Sou mentiroso! Pecador! Não faço nada! Um horror!

Não sou o filho que querias!
Me desculpe oh velho sábio!
Mas por mais que me machuques... não deixas de ser amado...

Se ainda me deixassem odiar... mas não me deixam...
Outra falha ao seu olhar... não sei odiar a mão que eu beijo...

Dissimulado, eu sou também! Só queria ser melhor...
Encararia com desdém, o que me mostra de pior...

Me perdoe, mas não posso... Posso mudar, mas não assim!
Não aceito que me moldes! Faça o que quiser, mas não de mim!

Eu sou aquilo que eu quero, e agora o que eu quero ser,
é um bom filho, mas sincero... se não vê assim... o que posso fazer?...

Matheus Santos Rodrigues Silva(Públicado em: http://recantodasletras.uol.com.br/poesiasdetristeza/2157322 no dia 24/03/2010)

Um comentário:

  1. Excelente poesia!! Gostei pra caramba XD
    Bruno Quadros.

    Ah, adicionei o seu blog aos links do meu.
    Vide: http://perdimeutempo.wordpress.com/

    Abraços!

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